sábado, 10 de novembro de 2012

Sorocaba: Objetos misteriosos perfuram telhados na Vila Lucy

Os buracos tem cerca de um metro de diâmetro e seguem em linha reta nas quatro casas - Por: Adival B. Pinto


Depois de ouvirem barulhos, moradores de quatro casas na Vila Lucy, em Sorocaba, constataram que algo havia aberto cinco grandes buracos nos telhados de suas casas, na terça-feira (6) à tarde. As perfurações estavam alinhadas e apenas as telhas tinham sido quebradas ou deslocadas. 


Além dos moradores, policiais militares examinaram o local e não encontraram nada que pudessem ter causado a perfuração. "Pode ser coisa de algum meteorito", disse Bruna Assaf, uma das moradoras. 


O problema ocorreu por volta das 13 horas. A moradora almoçava quando ouviu um barulho sobre o telhado. Assustada, saiu da casa e verificou que os vizinhos tinham ouvido a mesma coisa. 


Quando constataram que havia buracos no telhado, decidiram chamar a polícia, com receio da presença de ladrões. 


O policial militar Jefferson Aparecido Felix inspecionou os telhados e não encontrou indícios de tentativa de roubo. "Verificamos se havia alguém sobre a laje ou em algum ponto da casa e não encontramos nada", disse.


Moradores escutaram um estrondo e depois viram que quatro telhados foram danificados - Por: Divulgação


Segundo ele, um dos moradores teria ouvido um barulho semelhante ao de uma turbina ligada, mas nenhum objeto foi achado. 


O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) informou não ter sido notificado problema em aviões no espaço aéreo de Sorocaba. 


Buracos aparecem de forma misteriosa em casas na Vila Lucy


Cinco buracos abertos no telhado de quatro casas deixaram moradores da rua Professor Mario Aurelio Dias assustados na tarde de terça-feira (6), na Vila Lucy. Curiosos e preocupados, eles chegaram a chamar a Polícia, mas não sabem explicar o que teria causado os buracos misteriosos.


Por volta das 12h de terça-feira, Nilma Garcia Assaf, 51, e o filho Fernando, 24, escutaram um forte estrondo vindo de cima da casa.

Assustados, chamaram a Polícia, que, ao verificar o local, afirmou que não havia nenhum indício de tentativa de roubo ou furto. "Os policiais falaram que o caso não era com eles, mas sim com alguém que faça trabalho científico", declarou Fernando.

Os buracos tem cerca de um metro de diâmetro e seguem em linha reta nas quatro casas. Várias telhas foram arrancadas e não havia, nos forros, qualquer objeto que poderia ter causado o estrago. O Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) informou que irá checar se houve relatos de problemas em voos na região.


Segundo o diretor de instrução do Aeroclube de Sorocaba, Valdemar Tavares de Albuquerque, os buracos não foram causados por aviões. "Para causar um estrago como este, teria que ter sido um jato com pouca altitude, o que não acontece em Sorocaba", afirmou.

Ele explicou que, quando um avião decola do Aeroporto de Sorocaba, ele já ganha altitude, por isso, seria difícil ser esta a causa dos buracos nas casas. "Ali na região da Vila Lucy, um avião já não estaria tão baixo para causar um deslocamento de ar capaz de destelhar as casas."


Mistério cerca os buracos nos telhados

O Inmet registrou fortes correntes de ar formada em altos níveis da atmosfera na região de Sorocaba.

O motivo para o surgimento de cinco buracos nos telhados de quatro casas da Vila Lucy, em Sorocaba, ainda é um mistério. 

Porém, a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Helena Turon Balbino e o engenheiro civil e professor da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (Esamc), Rogério Mattos, acreditam que uma rajada forte de vento localizada pode ter feito com as telhas das casas tenham saído do lugar, causando a formação dos buracos, que chegam a medir cerca de um metro de comprimento. 

Apesar disso, os moradores que tiveram suas casas danificadas ainda acreditam que possa ter acontecido um evento sobrenatural no local. 


O fato ocorreu por volta do meio-dia de terça-feira, dia 6, em quatro casas da rua professor Mário Aurélio Dias, na Vila Lucy, região do Cerrado. 


 Nilma chamou a polícia - Por: Adival B. Pinto

Segundo a freelancer Nilma Garcia Assaf, 51 anos, e seu filho, o analista de suporte Fernando Assaf, 24, nesse horário aconteceu um único estrondo muito alto e depois os buracos nos telhados surgiram. 


"Eu escutei primeiro um barulho como se fosse de uma turbina de avião e depois um estouro muito alto, que chegou até a tremer as paredes", relata Fernando. 

O barulho também foi ouvido pela aposentada Santina Gonçalves da Silva, 64, que mora a duas casas de Nilma e também teve o seu telhado danificado. "Parecia que tinha caído alguma coisa do alto e depois teria batido na telha", afirma.


 João Perpétuo e esposa tiveram o telhado da casa danificado - Por: Adival B. Pinto

Nilma e seu filho decidiram por chamar a polícia que foi ao local e não identificou nenhum vestígio de que alguém teria tentado invadir a casa pelo telhado. 

"O policial falou que não poderia fazer nada e que a gente deveria buscar alguma explicação científica para isso", diz Nilma. 

A residência do aposentado João Perpétuo da Silva, 64, também apresentou perfurações no telhado, sendo duas, uma ao lado da outra. "É um negócio que não tem explicação", opina. 


Fenômeno meteorológico


De acordo com o engenheiro civil Rogério Mattos, que viu fotos dos buracos formados nos telhados das casas, isso não teria ocorrido por conta da queda de algum objeto, já que ele analisa que as telhas foram arrancadas. 


"Concluo que tenha ocorrido um redemoinho, o que é comum quando se tem uma baixa umidade do ar, alta temperatura e sem nuvens no céu", ressalta, informando ainda que ele teve problemas como esse em um condomínio onde trabalhava, em que somente algumas casas foram destelhadas por causa de uma rajada de vento. 

Eu escutei primeiro um barulho como se fosse de uma turbina de avião e depois um estouro muito alto, que chegou até a tremer as paredes - Fernando Assaf - Por: Adival B. Pinto


Essa explicação é ainda corroborada pelas informações passadas pela meteorologista do Inmet. Segundo Helena, o instituto registrou a ocorrência de uma forte corrente de ar formada em altos níveis da atmosfera na região de Sorocaba, bem no horário em que aconteceu o destelhamento das casas na Vila Lucy. 


"Isso pode ter causado algum tipo de vórtice de vento localizado no local", destaca ela, informando que essa rajada de vento poderia ter arrancado parte das telhas das residências. 


 
Algo que caiu do céu


Os moradores da Vila Lucy tentavam de todo jeito arranjar alguma explicação para o fato curioso ocorrido no local, por isso até mesmo levantaram a hipótese de algum meteorito ter caído acima de suas casas. Mas o astrônomo e diretor geral do Observatório Céu Austral, Paulo Gomes Varella, descarta essa possibilidade. 


"Na minha opinião não se trata de queda de meteorito. Quando isto ocorre, a destruição é grande, as telhas estariam quebradas, eventualmente as madeiras também. Não há sinais de chamuscamento também", conclui, já que, ao atingir a atmosfera, o meteorito cai em terra em altas temperaturas. 


Eles também pensaram que algum avião poderia ter derrubado alguma peça nos telhados casas, porém o Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) informa que não foi comunicado de nenhum problema com aeronaves que decolaram do aeroporto da cidade. 


Outra hipótese descartada, também, é a de que algum avião possa ter passado mais baixo do que o usual e teria causado um deslocamento de ar que poderia ter arrancado as telhas das casas. 

O diretor de instrução de voo do Aeroclube de Sorocaba, Valdemar Tavares de Albuquerque, acha muito difícil algum avião ter passado pela Vila Lucy em baixa altitude. 


Os buracos tem cerca de um metro de diâmetro e seguem em linha reta nas quatro casas - Por: Adival B. Pinto

 
"Quando o avião decola do aeroporto, ele já vai ganhando bastante altitude, então é muito difícil isso ter acontecido por causa de uma aeronave", afirma. 

De acordo com o diretor de instrução de voo, a única aeronave capaz de formar um deslocamento de ar suficiente para destelhar as casas, voando baixo, seria um jato, mas ele não acredita que tenha sido o caso, já que os jatos não costumam voar muito próximos das casas. 


Como o caso tomou um rumo sobrenatural, pela crença dos moradores das casas danificadas, a reportagem tentou entrar em contato com ufólogos da cidade ontem durante o dia todo, porém não conseguiu um retorno antes do fechamento desta edição. 


O jornal também pediu informações da Aeronáutica, para saber se houve algum registro de Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis) em Sorocaba, mas o órgão alegou que, até ontem, nenhum fato desse tipo chegou ao seu conhecimento.


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