CASA QUE SANGRA: DELEGADO PRÓXIMO DA SOLUÇÃO

Polícia perto dos culpados

O delegado Marco Antônio Ferreira Lopes, do 6º Distrito Policial de Jundiaí, afirmou ontem pela manhã que já tem suspeitas sobre o caso do sangue encontrado na residência do casal de aposentados no Jardim Bizarro. Porém, frisou que ainda não é o momento de divulgar as várias hipóteses com as quais a polícia trabalha até o momento.

Durante aproximadamente uma hora, ontem, delegado e polícia científica estiveram na residência para vistoria detalhada no piso, teto e dependências da casa, construída em 1964. Esta semana, laudo do Instituto de Criminalística confirmou ser sangue humano o líquido que surgiu de forma misteriosa pelos cômodos da residência, onde só mora o casal.

Assim que a equipe policial deixou o imóvel, o casal dirigiu-se até o 6º DP, no Jardim Cica, para prestar depoimento, e não falou com a imprensa a pedido do delegado Lopes. No fim da tarde, novamente o casal compareceu à delegacia num Fiesta preto, embora o delegado tenha negado.

De acordo com o perito criminal chefe do Instituto de Criminalística de Jundiaí, Wilson Antônio Pereira, o caso está mais fácil do que imaginava. "Estamos explorando várias hipóteses, mas não podemos adiantar nada ainda para não atrapalhar as investigações. Não trabalho com aspectos de paranormalidade porque meu negócio é ciência", salientou.

Já o delegado Lopes destacou no início da semana que o líquido poderia ser tinta vermelha e, por isso, não havia interesse policial. "Achamos que o caso seria arquivado, mas fomos surpreendidos com a notícia do laudo da polícia científica, de que é sangue humano". No fim da tarde, Lopes salientou que trabalha com a hipótese de alguém ter jogado sangue na casa, mas não quis dizer se seria uma terceira pessoa.

Repercussão nacional - O delegado ainda admitiu que o caso é atípico e acrescentou que a linha investigatória permanecerá em sigilo. "É a primeira vez que trabalho com um caso desses. O casal está bem, mas um pouco nervoso com a repercussão em toda a imprensa da região", comentou.

Questionado sobre possível fraude para chamar atenção, o delegado afirmou que, se houver, não será algo intencional. Lopes também descartou a possibilidade de homicídio na casa e agora tentará descobrir de quem é o sangue. "Queremos saber quem perdeu tanto sangue desse jeito dentro da casa", disse.

Lopes pediu exame de tipo sanguíneo do casal e também da filha de 46 anos, que mora em Jundiaí. O exame foi encaminhado para o IC de São Paulo. Na última quarta-feira, agências de notícia on-line, como o portal Terra, chegaram a confirmar que o líquido no chão da residência, no Jardim Bizarro, era tinta vermelha.

Exame de tipagem deve sair em 30 dias

O Núcleo de Biologia e Bioquímica do Instituto de Criminalística de São Paulo informou ontem que já recebeu o material colhido pela polícia técnica de Jundiaí na casa do Jardim Bizarro e as amostras de sangue do casal de aposentados que mora no local. O exame de tipagem já começou a ser feito e, segundo o núcleo, o resultado deve sair em até 30 dias.

O laudo do Instituto de Criminalística de Jundiaí confirmou na última quarta-feira ser sangue humano o líquido que surgiu de forma misteriosa no chão da residência do casal. O delegado do 6º DP, Marco Antônio Ferreira Lopes, informou que só irá se pronunciar quando o laudo do IC de São Paulo chegar.

Em entrevista ao JJ Regional, ele afirmou anteontem que já tem suspeitas sobre o caso, mas frisou que não é o momento de divulgar as hipóteses com as quais trabalha. O sangue surgiu no chão da casa no domingo e na segunda-feira. Segundo o casal, o líquido verte não só do rejunte, mas também da superfície do piso.

Fonte: Jornal de Jundiaí