quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Livro revela planos para 'colônia nazista amazônica' em 1935



Um livro alemão revela que, pouco antes da Segunda Guerra, militares nazistas planejavam estabelecer uma colônia no meio da selva amazônica.

Segundo o livro Das Guayana-Projekt (O Projeto Guiana, na tradução livre) expedições de cientistas alemães à Amazônia entre 1935 e 1937 levaram à idéia de criar uma “área nazista” na região.

O autor Jens Glüsing, correspondente da revista alemã Der Spiegel no Brasil, cita planos nazistas para invadir o Suriname e a Guiana Francesa com tropas que desembarcariam na Amazônia brasileira.


A área seria “perfeita para ser colonizada pela raça nórdica ariana”, disse o autor da idéia, o alemão Otto Schulz-Kampfhenkel, em uma carta ao então todo-poderoso general nazista Heinrich Himmler.


Influência


Os nazistas chegaram a se interessar pelo plano mirabolante, já que segundo Schulz-Kampfhenkel “uma base no norte da América do Sul diminuiria a influência dos Estados Unidos na região”.



“Se trata de um dos capítulos mais estranhos da era nazista”, diz Glüsing, que para seu livro fez pesquisas na Alemanha e no Brasil.

A obra foi publicada na Alemanha este ano e está tendo bastante repercussão depois que a revista Der Spiegel pôs trechos do livro em seu portal de história na internet, einestages.de, nesta semana.

Segundo o autor, o plano não foi adiante porque os nazistas tinham outros projetos mais importantes a realizar e a Guiana Francesa estava sob o comando do regime de Vichy, na França, que era uma marionete dos nazistas.


Submarinos alemães usaram a Guiana Francesa como base para atacar navios que trafegavam na região, diz Glüsing.

O diretor do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, o alemão Christoph Jaster, organizou uma expedição três anos atrás para localizar pistas das expedições nazistas.

Em seu livro, Jens Glüsing diz que “tudo que ele encontrou foi o túmulo de um colega de Schulz-Kampfhenkel.” A cruz de madeira no meio da floresta ilustra a capa do livro.



Fonte: BBC



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