terça-feira, 13 de janeiro de 2009

DESCOBERTO DINO COM AS PENAS MAIS PRIMITIVAS


O animal com as penas mais primitivas do planeta é um dinossauro descoberto na China.


Batizado como lagarto de Beipiao ( "Beipiaosaurus inexpectus"), este therizinosauro do Cretáceo utilizava as penas como meros ornamentos para exibir-se entre seus congêneres, segundo a teoria de um grupo de paleontólogos chineses que reinterpretaram alguns fósseis encontrados a 10 anos atrás.


Os cientistas do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados de Pequim, descobriram que o dinossauro, que viveu há 125 milhões de anos atrás, tinha na cabeça, pescoço, na cauda e em parte do seu tronco, uns filamentos, como longo pinos, que representam a forma mais primitiva de penas.


"Até agora, todas as penas conhecidas em terópodes não voadores eram estruturas formadas por vários filamentos, que se aproximam dos mais avançados modelos de desenvolvimento, mas aqui analisamos um tipo de pena que é de um único grande filamento, o que apoia a hipótese de que as penas evoluíram e se diversificaram nos terópodes não voadores antes da origem dos pássaros e a evolução do voo ", afirmam os pesquisadores na revista" Proceedings of National Academy of Science "(PNAS).

O especialista espanhol José Luis Sanz, que detém a descoberta de alguns dinossauros emplumados, lembra que muitos exemplares foram descobertos na China nos últimos anos, e um dos últimos tinha uma plumagem tão extravagante como a de um pavão.

Os restos deste réptil chinês foram localizados em Yixian, em Jianchang (China) e a descoberta foi publicada na «Nature», em 1999. Já na época, surpreendeu a extraordinária preservação dos fósseis, a parte superior do corpo quase completa, a pelve, um braço e uma perna, incluindo as protoplumas estudadas agora.

Uma questão que chamou a atenção dos paleontólogos chineses, liderados por Xing Xu, é o tamanho dos filamentos. Mediam entre 100 e 150 milímetros de comprimento e em algumas partes eram mais largos, chegando a metade do comprimento do pescoço.


"Com esse achado completamos a evidência fóssil de todas as etapas morfológicas que prevêem os modelos de desenvolvimento das penas", argumenta Xu Xing.


Fonte: El Mundo


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