Saíra ApunhaladaPesquisadores do Espírito Santo conseguiram fazer imagens de um pássaro que era tido como extinto há 50 anos.
Os biólogos descobriram que a saíra apunhalada ainda pode ser encontrada livre, na natureza.
Fazenda Pindobas Quatro, a 130 quilômetros da capital Vitória, é uma propriedade privada que ocupa 4,3 mil hectares.
A atividade principal é a extração de madeira reflorestada. No mar de pinheiros existem ilhas de florestas. Um ecossistema que guarda cerca de 250 espécies de animais.
“As áreas preservadas estão em locais estratégicos e faz com que a gente possa associar o econômico com a sustentabilidade”, disse Simão Tiago Andrião, gerente da fazenda.
A proteção de uma área de 1,2 mil hectares garantiu a sobrevivência de pelo menos 25 especies de aves.
Biólogos de uma empresa de pesquisas ambientais monitoram os animais. Muitas raridades são encontradas no lugar.
Um corocoxó macho, em risco de extinção foi avistado. Outra ave difícil de ser registrada, mas que foi possível localizar é o tropeiro da serra.
O grupo faz os estudos na região porque nas árvores foi visto um pássaro que durante 50 anos os especialistas consideraram extinto.
Registrar a presença da saíra apunhalada é extremamente difícil. Requer paciência e persistência.
O pássaro foi visto cinco vezes. A ave, com o nome científico de nemosia rourei, tem na garganta e no papo uma mancha de cor vermelho sangue, sua principal característica. Ela ocupa os últimos galhos das árvores. É arisca e pequena.
As espécimes encontradas variavam de 12 a 14 centímetros. Os hábitos são pouco conhecidos, mas sabe-se que comem pequenos insetos e vivem em grupo com outras aves.
De acordo com os biólogos, o motivo que põe a especie na lista, além da destruição da mata, é a área em que a ave ocupa.
Há seis anos os biólogos estudam a saíra apunhalada e já identificaram um grupo de 20 animais. Mas acreditam que pode haver pouco mais.
Fonte: Globo Rural
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