Um pequeníssimo motor que funcionaria como uma espécie de "submarino", circulando pelas veias e monitorando as condições da saúde humana, é uma das últimas invenções criadas a serviço da medicina.
O milimétrico microscópio intravenoso serviria para "navegar" através da estreita estrutura dos vasos sanguíneos para ajudar a salvar vidas. As informações são do jornal inglês Daily Mail.
Ainda em testes, o minúsculo equipamento pode transformar em realidade a fantasia retratada no filme de ficção científica "Viagem Fantástica", produção americana de 1966, em que um submarino em miniatura chamado Proteus aparece com uma tripulação de médicos igualmente miniaturizada, cuja tarefa é atuar no salvamento de um homem que possui um coágulo cerebral. Agora, 40 anos depois - e com a exceção da atuação dos humanos -o procedimento deixou de ser fantasioso.
Cientistas da Universidade de Melbourne, na Austrália, acabam de desenvolver um dos menores motores já existentes.
O dispositivo teria a capacidade de tirar fotos do interior do corpo humano durante a realização de uma cirurgia de alta precisão.
O "submarino" também removeria amostras de tecido corporal para a realização de biópsias e levaria medicamentos curativos a locais de aplicação específica.
Com largura equivalente a menos de dois cabelos humanos postos lado-a-lado, o dispositivo tem potência para "nadar" contra o fluxo de sangue e poderia também ser utilizado para chegar a pontos arteriais do cérebro muito estreitos e ainda inexplorados.
Ele teria ainda a capacidade de desobstruir veias e introduzir cateteres no corpo humano sem causar danos ou risco à saúde do paciente.
"Nossa esperança é que ele possa ser utilizado para salvar a vida das pessoas, pois ele seria capaz de atingir partes do corpo a que os cirurgiões ainda não têm acesso", disse o professor James Friend, um dos criadores do dispositivo.
"Infelizmente, ao empurrar manualmente um cateter no corpo de uma pessoa, é possível causar uma ruptura dos vasos sanguíneos, levando à morte do paciente.
Com o Proteus, teríamos uma forma muito mais segura de realizar este procedimento", confirma o médico.
A primeira etapa de testes com o motor deverá ser feita com animais. A aprovação para aplicar a técnica em humanos, calcula o pesquisador, pode demorar ainda alguns anos.
Fonte: Terra/Daily Mail
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