quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Imagens tridimensionais revelam detalhes de aranhas pré-históricas

Cryptomartus hindi (Foto: Cortesia do Natural History Museum e Imperial College)



Fósseis têm mais de 300 milhões de anos.

Cientistas do Imperial College de Londres usaram equipamentos de tomografia computadorizada e programas de computação gráfica para criar imagens tridimensionais de fósseis de duas espécies de aranhas que viveram há 300 milhões de anos.


Apesar de tão antigas, as espécies Cryptomartus hindi e Eophrynus prestvicii são "parentes próximas" de aranhas modernas. A tecnologia já havia sido usada antes, mas poucas vezes em fósseis tão antigos, que mostram o início da vida na Terra.


Cryptomartus hindi

Eophrynus prestivicii (Foto: Cortesia do Natural History Museum e Imperial College)


As imagens tridimensionais revelam detalhes até então desconhecidos das criaturas, como mecanismos de defesa e que as aranhas tinham hábitos predadores, e dão aos cientistas uma ideia melhor do que se passava no período, anterior ao dos dinossauros.


Os resultados foram publicados na revista especializada "Biology Letters".


Os cientistas fizeram cerca de 3 mil imagens de cada fóssil. O software desenvolvido pelo Imperial College London foi usado para juntar todas as imagens em um modelo virtual único, detalhado e tridimensional das aranhas.


Medidas defensivas


As imagens tridimensionais revelam que as patas dianteiras da Cryptomartus hindi estavam direcionadas para a frente, sugerindo que a aranha poderia usá-las para agarrar suas presas.


Os pesquisadores sugerem que o animal, provavelmente, era "um predador que caçava por emboscada" como a moderna aranha caranguejeira, que aguarda escondida a aproximação da presa.


Os pesquisadores também concluíram que a outra espécie, a Eophrynus prestvicii, tinha espinhos nas costas, provavelmente como medida de defesa para torná-la menos palatável aos anfíbios, que seriam seus predadores naturais.


"Nossos modelos quase trazem essas criaturas de volta à vida e é muito excitante conseguir examiná-las em tantos detalhes", disse o pesquisador Russel Garwood, do Imperial College e principal autor do estudo.


"Nosso estudo ajuda a construir uma imagem do que estaria acontecendo neste período do início da história da vida na Terra."


A técnica também poderá ser usada para re-examinar fósseis do mesmo período, já analisados pelos meios convencionais, disseram os cientistas.


Fonte: G1

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