sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Mulungu: susto, histórias e precaução

José Miguel e Carlos Eudes presenciaram o fenômeno


As histórias sobre objetos não-identificados se multiplicam em Mulungu. A população, assustada, repassa histórias de gente que teria sido ferida após o fenômeno inexplicável na cidade.

Em Mulungu, no Maciço de Baturité, as histórias sobre objetos não-identificados que têm aparecido no local variam.

Muita gente jura (de pé junto) ter visto luzes estranhas se movendo no céu, em locais e dias diferentes.

Depois do fenômeno, ainda inexplicável, que destruiu bananeiras no Sítio Guritiba, os relatos ganharam força e fama. A população está assustada.

Há a história de que um homem tenha adquirido um ferimento na testa depois que foi ao local onde ocorreu o fenômeno com as bananeiras, na madrugada do sábado dia 8.

Na cidade, contam que outra mulher tenha contraído alergia depois de ter ido ao local onde estão as bananeiras. Teve manchas vermelhas.

E, no meio dos bananais, basta uma coceira mais frequente no braço da repórter para começar o alarde. Trazem o álcool. “Olha aí, deve ter sido alguma radiação”, grita um.

A referência é por causa de uma mancha prata achada em folhas da bananeira e cachos de banana.

O professor Luiz de França Leitão Arruda, 50, acredita na chance de ser algo extraterrestre. “Isso pode ser uma evidência de que não estamos sozinhos no Universo”, teoriza.

Luiz compara o fato com o ocorrido no filme “Sinais”, uma história de suspense e ficção científica em que seres extraterrestres atormentam a vida de uma família.

Muitos dos casos são encenados em plantações de milho. “A diferença é que lá é pé de milho. Aqui, é bananeira”, cita.

José Miguel Filho, morador da casa, estava lá no sítio quando houve o fenômeno com as bananeiras: “Ouvi um chiado que nem TV quando sai do ar, mas era mais forte”.

O barulho foi seguido de duas pancadas fortes. Garante que não teve medo, mas preferiu não sair de casa para verificar o que era.

A mulher dele, de 58 anos, não quer mais conversa com a imprensa. Com pressão alta, já passou mal com tanta multidão em casa, querendo conferir a história.

O filho, Carlos Eudes de Sousa Miguel, registrou fotos da luz se movendo na última segunda-feira.

Depois que ele percebeu o clarão, entrou e pegou a câmera. Saiu pelas plantações acompanhando o objeto, que seguia lá no alto - as imagens não ficaram lá grande coisa.

Mas o que mais o chateia são os comentários de que estaria mentindo. Reafirma que não ganharia nada com isso.

Carlos assegurou não ter medo. Mas, por cautela, está pedindo por tranquilidade nos próximos dias. “Tomara que a gente fique bem, fique em paz”, saúda, na despedida.


Fonte: O Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário