Cientistas anunciaram a descoberta de uma nova espécie de planta carnívora gigante, capaz de prender e devorar pequenos roedores e insetos e que pode atingir 1,5 m de altura.
A planta foi descoberta na região central das Filipinas durante uma expedição científica que também catalogou outras espécies até então desconhecidas, como cogumelos azuis e samambaias rosas.
Os pesquisadores batizaram a nova planta carnívora de Nepenthes attenboroughii em homenagem ao veterano apresentador de programas de natureza da Grã-Bretanha David Attenborough.
"A espécie está entre as maiores plantas carnívoras conhecidas e produz armadilhas espetaculares, capazes de aprisionar não apenas insetos, mas também roedores do tamanho de ratos", afirmou o cientista e produtor britânico Stewart McPherson, um dos responsáveis pela descoberta.
O feito foi divulgado na publicação especializada Botanical Journal of the Linnean Society.
Expedição
A planta carnívora já tinha sido avistada por dois missionários cristãos que em 2000 tentaram escalar o Monte Vitória, uma montanha pouco conhecida nas Filipinas.
Sem terem se preparado corretamente para a empreitada, os missionários acabaram perdidos e passaram 13 dias vagando pelas florestas, até serem resgatados.
A descrição da enorme planta carnívora despertou o interesse de McPherson, do botânico Alastair Robinson, da Universidade de Cambridge, e do pesquisador Andreas Fleischmann, da Universidade Ludwig-Maximilians, de Munique, na Alemanha.
Os três, especialistas nesse tipo de vegetal, decidiram então montar uma expedição para encontrar novas espécies.
A viagem científica aconteceu durante dois meses em 2007. A descoberta da grande planta carnívora aconteceu próxima ao pico do Monte Victoria, a cerca de 1,6 mil metros de altitude, entre grandes pedregulhos.
"De repente vimos uma grande planta, depois a segunda e depois muitas outras. Imediatamente sabíamos que o que tínhamos encontrado não era uma espécie conhecida", disse McPherson.
Na mesma expedição, os cientistas encontraram outra planta carnívora que não era vista na natureza há cem anos e cujos últimos exemplares em estufa tinham se perdido em um incêndio em 1945.
Fonte: BBC
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