Polícia ambiental recomenda que comunidade não deixe animais soltos no pátio, principalmente, à noite.
Um mistério ronda os moradores da Estrada da Branquinha, limite entre os municípios de Porto Alegre e Viamão. A morte de dois cães domésticos deu corda à imaginação da comunidade, que já fala até na existência de um possível chupa-cabra.
As ocorrências relatando o ataque de um ser estranho na redondeza começaram a chegar à polícia na segunda-feira.
De acordo com o comandante da Cia de Policiamento Ambiental da Área Metropolitana, capitão Rodrigo Gonçalves do Santos, até agora dois cães foram encontrados mortos. Foram identificados ferimentos na cabeça e no pescoço.
— Respeitada a lenda local, o que eu posso afirmar é que é um animal de grande porte porque um dos cães abatidos é também de grande porte.
Ali tem uma área preservada, que está sofrendo pressão urbana, o que acaba atingindo os animais que ali habitam.
Nesta manhã, uma reunião entre o núcleo de fauna do Ibama e a Patrulha Ambiental de Viamão, definiu que uma rotina será criada para rastrear e identificar o tipo de animal que está atacando os cães.
— Vamos entrevistar as pessoas da comunidade, tentar recolher o maior número de informações possíveis.
O objetivo é tentar identificar de que tipo de animal estamos falando. Se for o caso, montaremos armadilhas para tentar recapturar o animal. Talvez precisemos do auxílio do zoo de Sapucaia.
Santos afirma que animais silvestres não costumam atacar pessoas e recomenda à população cuidados especiais com cães e gatos:
— Recolham animais domésticos, principalmente, no período noturno e fiquem atentos. Qualquer movimentação estranha deve ser relatada ao Batalhão Ambiental.
Fonte: Zero Hora
As ocorrências relatando o ataque de um ser estranho na redondeza começaram a chegar à polícia na segunda-feira.
De acordo com o comandante da Cia de Policiamento Ambiental da Área Metropolitana, capitão Rodrigo Gonçalves do Santos, até agora dois cães foram encontrados mortos. Foram identificados ferimentos na cabeça e no pescoço.
— Respeitada a lenda local, o que eu posso afirmar é que é um animal de grande porte porque um dos cães abatidos é também de grande porte.
Ali tem uma área preservada, que está sofrendo pressão urbana, o que acaba atingindo os animais que ali habitam.
Nesta manhã, uma reunião entre o núcleo de fauna do Ibama e a Patrulha Ambiental de Viamão, definiu que uma rotina será criada para rastrear e identificar o tipo de animal que está atacando os cães.
— Vamos entrevistar as pessoas da comunidade, tentar recolher o maior número de informações possíveis.
O objetivo é tentar identificar de que tipo de animal estamos falando. Se for o caso, montaremos armadilhas para tentar recapturar o animal. Talvez precisemos do auxílio do zoo de Sapucaia.
Santos afirma que animais silvestres não costumam atacar pessoas e recomenda à população cuidados especiais com cães e gatos:
— Recolham animais domésticos, principalmente, no período noturno e fiquem atentos. Qualquer movimentação estranha deve ser relatada ao Batalhão Ambiental.
Fonte: Zero Hora
Dois animais foram mortos nos últimos dias na região
Passos na escuridão, um bufido rondando as paredes das casas madrugada adentro, animais domésticos em desespero. Pela manhã, um cão morto no quintal.
A repetição desse quadro colocou em sobressalto nos últimos dias moradores da Estrada da Branquinha, no interior de Viamão, na Grande Porto Alegre.
A Brigada Militar e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) trabalham com a hipótese de que um puma possa estar rondando a área, cercada de mata.
Amedrontada, Angélica Fritz Montano, 50 anos, está se recolhendo todos os dias dentro de casa com seus cachorros antes das 17h.
Quando sai para o pátio, na borda do mato, põe um capacete de motociclista, empunha um bastão de caminhada com ponta de aço e carrega um spray capaz de provocar ardência em animais. Ela perdeu três de seus 10 cachorros, dois deles de sexta para cá.
A primeira morte ocorreu há cerca de três meses. O pastor belga de Angélica saltou da mata com a carne rasgada. Enfiou-se debaixo da casa para morrer.
Dias depois, sua carcaça apareceu no pátio. Pelo ferimento, a moradora achou que havia sido vítima de um golpe de facão.
Na noite de sexta-feira, foi a vez de um cão de 60 quilos. Angélica ouviu apenas ganidos. No dia seguinte, encontrou o animal com um talho junto à cabeça, morto ao lado da casa.
Ao redor, a vegetação estava arrasada. Na noite de domingo, ao ouvir ruídos do lado de fora, a mulher abriu a porta.
Um cão de 35 quilos saiu para a escuridão. Não voltou mais. Angélica empurrou a moto, acendeu o farol e viu o corpo a poucos passos da residência.
— Não ouvi um grunhido do cachorro. Acho até ele que me salvou a vida. Se fosse eu quem tivesse saído, poderia ter sido atacada.
Toda noite estou escutando aqui um caminhar muito leve. E o barulho não é um rugido, é um bufar. O animal deve estar por aqui.
Os dois cães seguem mortos ao lado da casa. Angélica tem medo de ser atacada se tentar enterrá-los.
Na propriedade vizinha, de dois hectares, Glória dos Santos, 38 anos, mantém os quatro filhos confinados dentro da residência.
Ontem não mandou à escola a filha menor, de nove anos, com receio de ser atacada no caminho até o carro.
— Chego a tremer. Estou a ponto de explodir. Gosto de ficar com a casa toda aberta. Nunca antes tinha estado assim trancada. A gente não dorme há cinco dias. Eu tenho até medo de adormecer.
Na noite de terça-feira, a família ficou reunida até de madrugada na sala, ouvindo os ruídos no lado de fora. Jeanílson dos Santos, 42 anos, marido de Glória, conta que carcaças de cachorros têm aparecido há meses na propriedade.
Ontem, era possível encontrar ossos espalhados pela sua propriedade. Ele acreditava que os cachorros estavam morrendo em brigas entre si. Até este fim de semana. O pavor que se repete todos os dias mudou sua opinião.
— Ontem à noite foi terrível. Ouvíamos um zurro. Nossos cachorros e o cavalo pareciam enlouquecidos.
A repetição desse quadro colocou em sobressalto nos últimos dias moradores da Estrada da Branquinha, no interior de Viamão, na Grande Porto Alegre.
A Brigada Militar e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) trabalham com a hipótese de que um puma possa estar rondando a área, cercada de mata.
Amedrontada, Angélica Fritz Montano, 50 anos, está se recolhendo todos os dias dentro de casa com seus cachorros antes das 17h.
Quando sai para o pátio, na borda do mato, põe um capacete de motociclista, empunha um bastão de caminhada com ponta de aço e carrega um spray capaz de provocar ardência em animais. Ela perdeu três de seus 10 cachorros, dois deles de sexta para cá.
A primeira morte ocorreu há cerca de três meses. O pastor belga de Angélica saltou da mata com a carne rasgada. Enfiou-se debaixo da casa para morrer.
Dias depois, sua carcaça apareceu no pátio. Pelo ferimento, a moradora achou que havia sido vítima de um golpe de facão.
Na noite de sexta-feira, foi a vez de um cão de 60 quilos. Angélica ouviu apenas ganidos. No dia seguinte, encontrou o animal com um talho junto à cabeça, morto ao lado da casa.
Ao redor, a vegetação estava arrasada. Na noite de domingo, ao ouvir ruídos do lado de fora, a mulher abriu a porta.
Um cão de 35 quilos saiu para a escuridão. Não voltou mais. Angélica empurrou a moto, acendeu o farol e viu o corpo a poucos passos da residência.
— Não ouvi um grunhido do cachorro. Acho até ele que me salvou a vida. Se fosse eu quem tivesse saído, poderia ter sido atacada.
Toda noite estou escutando aqui um caminhar muito leve. E o barulho não é um rugido, é um bufar. O animal deve estar por aqui.
Os dois cães seguem mortos ao lado da casa. Angélica tem medo de ser atacada se tentar enterrá-los.
Na propriedade vizinha, de dois hectares, Glória dos Santos, 38 anos, mantém os quatro filhos confinados dentro da residência.
Ontem não mandou à escola a filha menor, de nove anos, com receio de ser atacada no caminho até o carro.
— Chego a tremer. Estou a ponto de explodir. Gosto de ficar com a casa toda aberta. Nunca antes tinha estado assim trancada. A gente não dorme há cinco dias. Eu tenho até medo de adormecer.
Na noite de terça-feira, a família ficou reunida até de madrugada na sala, ouvindo os ruídos no lado de fora. Jeanílson dos Santos, 42 anos, marido de Glória, conta que carcaças de cachorros têm aparecido há meses na propriedade.
Ontem, era possível encontrar ossos espalhados pela sua propriedade. Ele acreditava que os cachorros estavam morrendo em brigas entre si. Até este fim de semana. O pavor que se repete todos os dias mudou sua opinião.
— Ontem à noite foi terrível. Ouvíamos um zurro. Nossos cachorros e o cavalo pareciam enlouquecidos.
Brigada Militar e Ibama reuniram-se ontem à tarde para discutir a situação em Viamão e analisar fotos de ferimentos e pegadas deixados pelo animal que estaria rondando a área.
Os dados não foram conclusivos, mas a possibilidade de ser um puma está entre as que são avaliadas.
Uma hipótese mais remota seria tratar-se de um javali. A Brigada Militar já esteve duas vezes no local desde segunda-feira. O Ibama também mandou um técnico.
— Não estamos descartando nada. O que temos de concreto são dois cães mortos. As pegadas estão sobrepostas, em uma área com muitos cachorros, o que torna difícil determinar como sendo de felino.
O que nos chama muito a atenção e nos intriga é que um dos cães mortos é um dog alemão, um cachorro muito grande.
Para fazer isso, tem de ser ou um outro cão do mesmo tamanho ou um puma — afirma o capitão Rodrigo Gonçalves dos Santos, comandante da companhia de patrulhamento ambiental da área metropolitana da Brigada Militar.
Ficou decidido que hoje pela manhã a BM volta ao local para colher novos depoimentos de moradores.
Também iniciará um trabalho de delimitação de uma área a ser isolada, para que se preservem rastros e pegadas. Essa área será alvo de uma varredura nos próximos dias.
A recomendação para os moradores é recolher os animais domésticos, principalmente à noite, e manter resguardo.
— Há histórico de ocorrência do puma em praticamente todo o território gaúcho. Mas não existe histórico de um puma atacar seres humanos — diz o capitão.
O Puma
Espécie: Puma concolor
Família: felidae
Ordem: Carnívora
Nomes populares: leão-baio, onça-parda e suçuarana
Tamanho: 1,6m a 2,3m
Peso: 50 quilos a 70 quilos para machos adultos e 35 quilos a 50 quilos para fêmeas
Distribuição geográfica: Estende-se desde as montanhas rochosas da América do Norte até o sul da América do Sul. No Rio Grande do Sul, é mais comum na metade norte do Estado. Já ocorreram registros de presença de puma em Viamão.
Hábitat: Preferem vegetação densa, mas também vivem em hábitats com pouca cobertura vegetal. Em função das áreas de floresta de pínus no Estado, utilizam esse ecossistema como corredor para alcançar campos de floresta nativa.
Presas: Mamíferos silvestres, como o tatu, a paca, o veado e o quati. Também pássaros, répteis e insetos. Podem atacar animais domésticos, especialmente caprinos e ovinos
Fonte: Zero Hora
Três policiais entraram na mata armados com espingarda, mapa e GPS
A incursão da Brigada Militar pela mato da Estrada da Branquinha, em Viamão, durou cerca de uma hora e meia e terminou sem sucesso.
Os três policiais entraram na mata armados com espingarda, mapa e GPS, mediram o tamanho das pegadas que encontraram pelo caminho e saíram da vegetação mais cheios de dúvidas ainda.
De acordo com o comandante da Cia de Policiamento Ambiental da Área Metropolitana, capitão Rodrigo Gonçalves do Santos, as características da área estão muito alteradas, o que dificulta as buscas. Uma nova ronda está marcada para esta noite.
— Aumentamos o raio de buscas na área, mas não conseguimos nenhum rastro conclusivo. Tem muitas pegadas de cachorro e cavalos.
O ambiente está muito batido, por isso difícil de estabelecer um território e os animais silvestres são territorialistas. Já vimos que por rastro não teremos conclusões. Só nos resta o monitoramento diário.
A BM pretende agora adotar novos procedimentos. Esta noite, o grupo pretende se instalar nas proximidades das residências dos moradores que relatam escutar o barulho do animal.
— Vamos investigar esses barulhos e tentar, com o apoio do Ibama, montar armadilhas fotográficas com sensor de presença.
A dona de casa Glória Regina de Paiva dos Santos, 38 anos, espera mesmo que o fim do mistério chegue logo. Ela e os quatro filhos já não aguentam mais atravessar noites com os olhos arregalados.
— Sou muito nervosa. Essa noite, para não ter que escutar o barulho do bicho liguei o rádio e a TV em um volume bem alto. O pânico tá horrível.
Glória, que se mudou da Restinga há um ano em busca de sossego no sítio na Estrada da Branquinha, agora só sai de casa por necessidade. Tudo isso por medo de encontrar a fera solta no pátio.
— Meus cachorros reviraram o lixo há três dias. Somente hoje, com a presença da Brigada, eu tive coragem de sair para limpar.
Fico trancada em casa. Saio no máximo para levar a minha filha no colégio. Mesmo assim, ontem ela nem foi.
Um dos filhos de Glória, Gabriel, 13 anos, também só sai para ir à escola e sente falta de jogar bola com os amigos.
— Tenho medo de ficar na escola. Lá é cercado por mato. Venho correndo, antes das 17h já tenho que estar em casa.
Se a arma de Glória é o barulho, a de Angélica Fritz Montano, 49 anos, é a bombinha. Essa noite, foram duas jogadas no meio do mato para tentar afugentar o emissor dos grunidos.
— O interessante é que é sempre no mesmo lugar. Eu e a vizinha estamos achando que se trata de uma fêmea, defendendo o filhote. Ele tem um caminhar leve, sorrateiro.
A Brigada Militar e Ibama analisaram fotos de ferimentos e pegadas deixados pelo animal que estaria rondando a área.
Os dados não foram conclusivos, mas a possibilidade de ser um puma está entre as que são avaliadas. Uma hipótese mais remota seria tratar-se de um javali.
Fonte: Zero Hora
É lobisomem pelo tamanho da pegada e formato
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