quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A simbologia maçônica



Ao longo do tempo, os maçons são conhecidos pela utilização de símbolos capazes de estabelecer a reafirmação de vários princípios que fortalecem os valores de seus praticantes.

Para muitos, essa simbologia deveria ser a chave fundamental de um misterioso conjunto de mensagens que acobertaria uma faceta obscura desta sociedade.

Contudo, essa postura de desconfiança e conspiração está bastante afastada do lugar que os símbolos ocupam no universo maçom.

Uma significativa parcela dos símbolos maçônicos é figurada por instrumentos empregados na construção civil.

O sentido maior da construção reforça junto ao maçom a necessidade constante de aprimoramento moral, intelectual e espiritual.

Não por acaso, o processo evolutivo do maçom está dividido em vários graus que são relacionados a um conjunto específico de símbolos.

Dessa maneira, qual o significado de cada conjunto de símbolos presente em um determinado grau específico da maçonaria?

Ao contrário do que se supõe, os símbolos não teriam uma função ritualística ou comportariam algum tipo de habilidade mágica.

De fato, você nunca terá a oportunidade de ver um maçom prestando homenagens ou se curvando mediante os símbolos.

Os símbolos possuem a função de um texto que fora construído pelo próprio participante da maçonaria.

Com isso, o universo simbólico maçom emite uma mensagem que se entrelaça com o processo de reflexão e aprendizagem particular de cada seguidor.

Um dos mais importantes símbolos da maçonaria é o triângulo que carrega um olho em seu centro.

Ele faz referência ao Grande Arquiteto do Universo, aquele ser de natureza onisciente que tudo vê e tudo julga.

Oriundo da antiga arte egípcia, esse símbolo está fortemente vinculado ao todo poderoso princípio criativo que organiza o Universo.

Dessa forma, é errado acreditar que a maçonaria se alia a uma perspectiva deísta do mundo, pois os ateus e agnósticos também podem integrar tal irmandade.

Outro significativo símbolo da maçonaria é a associação entre o esquadro e o compasso, surgido no século XVIII.

O esquadro pode fazer referência ao quadrado, ao número quatro ou à própria terra. Já o compasso faz referência à imensidão dos céus, ao princípio de unidade e ao círculo.

Unidos, esquadro e compasso empregam a função de salientar a importância da associação indispensável e fundamental entre o mundo espiritual e o mundo material.

A trolha estabelece a representação de um importante princípio para os maçônicos. Na construção, essa ferramenta desempenha o discreto, mas significativo papel de aplicar a argamassa que promove a junção entre as pedras.

Lançada ao campo moral, essa ferramenta salienta a necessidade de amor e tolerância entre aqueles que estão unidos pelos fundamentos da maçonaria.

Na medida em que “perdem” a sua forma de pedra bruta (outro símbolo maçom), os congregados buscam a perfeição entre seus convivas.

De fato, existem tantos outros símbolos que são empregados entre os maçons. Ao longo do conhecimento e da experiência na maçonaria, estes símbolos passam a extrapolar a dimensão fixa de um significado de natureza invariável.

Sendo o conhecimento do mundo e o autoconhecimento processos de natureza dinâmica, os símbolos maçons coerentemente assumem este mesmo comportamento.


Fonte: Brasil Escola




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