sábado, 23 de janeiro de 2010

Os ETs também poluem



Procurar sinais de uso da tecnologia pode ajudar a descobrir onde estão os alienígenas.

Os alienígenas interferem no meio ambiente dos seus planetas? Vamos esperar que sim, porque isso daria boas pistas para descobrirmos em que sistemas solares eles vivem.

Civilizações inteligentes tendem a deixar uma série de rastros, e alguns deles podem ser detectados no espaço.

Basta olharmos para o nosso próprio planeta: o impacto do uso de diferentes tecnologias por mais de 6 bilhões de pessoas produz marcas nem um pouco discretas na Terra.

Se nos basearmos no que acontece por aqui, o sinal de rádio pode ter vida curta demais para nos ajudar a encontrar ETs.

Durante grande parte do século 20, nossas antenas de transmissão de TV vazavam grande parte das suas ondas para o espaço.

Mais recentemente, elas começaram a ser substituídas por satélites que direcionam suas transmissões para o solo e também por sistemas a cabo.

Alienígenas curiosos buscando sinais de vida inteligente no nosso planeta vão ter de procurar outras pistas em breve.

A poluição luminosa emitida pelas cidades também pode nos entregar. “Quando vista a partir de distâncias interestelares, ela revelaria ao observador a presença de uma tecnologia”, diz um time de astrônomos liderado por Jean Schneider, do Observatório de Paris em Meudon, na França.

Em um relatório que será publicado na revista Astrobiology, eles sugerem que devemos procurar pelo mesmo brilho em planetas alienígenas.

A tarefa não seria simples. Mesmo se toda a energia que geramos fosse usada para produzir luz, ela ainda seria milhares de vezes mais fraca que o brilho do Sol refletido pela superfície da Terra.

Para detectar com confiabilidade essa quantidade gigantesca de luz artificial em um planeta que órbita uma estrela próxima — digamos, a 15 anosluz de distância — seria necessário construir um telescópio com uma área combinada de retenção de luz de 1,5 quilômetro quadrado, de acordo com cálculos do time de Schneider.

Nossa presença na Terra também deixa outros traços que poderiam ser observados de longe. Os compostos químicos conhecidos como CFCs, por exemplo, absorvem fortemente a luz infravermelha em comprimentos de onda específicos, tornando-se detectáveis na atmosfera mesmo quando presentes em concentrações muito baixas.

Como os CFCs não se formam naturalmente, detecta-los em um planeta que órbita outra estrela seria uma forte evidência de tecnologia alienígena.

“Os CFCs seriam uma ideia interessante para procurar civilizações avançadas”, concorda Lisa Kaltenegger, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos.

Mas um telescópio extremamente sensível seria necessário para encontrá-los — num grau maior que o do Terrestrial Planet Finder, da NASA, e que o da missão Darwin, da Agência Espacial Europeia (ESA), os telescópios espaciais mais ambiciosos em planejamento no momento.

Kaltenegger diz que pode ser possível no “futuro distante, com uma frota de telescópios infravermelhos no espaço”.

É claro que não há garantias de que qualquer civilização alienígena terá depositado CFCs na atmosfera do seu planeta.

Nas poucas décadas em que foram usados, o estrago que esses compostos causaram à camada de ozônio da Terra levou a uma proibição mundial da sua fabricação, e eles estão desaparecendo lentamente da nossa atmosfera. “Será que as civilizações inteligentes cometem o mesmo erro?”, questiona Kaltenegger.

Há outros componentes artificiais, incluindo substitutos menos perigosos para os CFCs, que também deixam rastros em infravermelho, diz Jim Kasting, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

“Existem várias coisas que nós produzimos industrialmente, como solventes e produtos para limpeza ou refrigeração”, diz. “Se tivesse um telescópio grande o suficiente, você poderia detectá-los.”


Lixão voador


ETs que se aproximassem da Terra em busca de vida inteligente poderiam descobri-la da pior maneira: com um buraco nas suas naves, causado pelo impacto do lixo espacial.

Desde o lançamento do satélite russo Sputnik1, em 1957, a quantidade de detritos ao redor do planeta só aumenta.

Segundo a Força Aérea dos Estados Unidos, há 19 mil objetos em órbita com tamanho superior a 10 centímetros e mais de 500 mil maiores que 1 centímetro — os detritos incluem desde lascas de tinta de naves espaciais até pedaços de satélites.


Fonte: Info.abril via Sobrenatural.org


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