Os pequenos ratos pretos que não param de se multiplicar chegaram à ilha em 1918, depois que um navio afundou perto de uma de suas praias.
Ambientalistas alertam que a vida de 13 espécies de pássaros nativos, duas de répteis, cinco de plantas e inúmeros invertebrados está em perigo.
Os habitantes resolveram acabar com os ratos, e a ilha de Lord Howe adotará em breve um dos planos mais radicais de extermínio já vistos no mundo. Se o plano for aprovado, a ilha será pulverizada com 42 duas toneladas de veneno.
Mas para isso não prejudicar os outros animais da ilha, populações inteiras de pássaros nativos serão colocadas em gaiolas durante 100 dias.
Todas as vacas e as galinhas serão mortas ou enviadas para o continente australiano. Donos de cachorros terão que colocar uma focinheira especial nos bichos, e pais terão que ficar de olho na saúde das crianças.
Muitas ilhas da região já tomaram medidas que acabaram com predadores, entre elas as Seychelles e a Nova Zelândia, e planos de extermínio parecidos com este já foram feitos em ilhas inabitadas.
Porém, nunca foi autorizada uma intervenção como esta, que mexe com a rotina de 350 moradores e 400 visitantes diários.
O plano anti-ratos deve ser aprovado em 2012 pelos representantes australianos em Lord Howe e pelo governo da Austrália.
A ilha já não tem mais bodes, porcos ou gatos, mas os roedores ainda são um sério problema. Segundo Stephen Wills, chefe-executivo da ilha de Lord Howe, o plano é perigoso e a maioria dos moradores não que enfrentar medidas drásticas.
O veneno pode deixar a ilha exposta a outros tipos de problema e causar sérios danos ao meio ambiente e à saúde dos moradores.
No fim, achamos que o veneno vai fazer mal a todos e não vai acabar com os ratos - disse o morador Clive Wilson ao jornal britânico "Daily Telegraph".
Fonte: O Globo
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