quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Choque generalizado em Gana depois da morte de uma mulher de 72 anos, acusada de bruxaria

A vítima, Ama Hemmah


A mulher, que morava na cidade portuária de Tema, perto de Accra, teria sido queimada viva por um grupo de cinco adultos, um dos quais é um pastor evangélico. Os suspeitos dizem que sua morte foi um acidente, e negam qualquer crime.

O correspondente da BBC David Amanor em Accra, diz que a crença em bruxas é comum entre os ganenses, cultos e incultos.

Três mulheres e dois homens foram detidos. Os suspeitos são Samuel Ghunney, um fotógrafo de 50 anos de idade, o Pastor Samuel Fletcher Sagoe , 55, Emelia Opoku, 37, Nancy Nana Ama Akrofie, 46, e Maria Sagoe, 52.

De acordo com o comandante da polícia, os suspeitos alegaram que Ama Hemmah era uma feiticeira conhecida na região e a submeteram a graves torturas, obrigando-a a confessar que era uma bruxa.

Em seguida, depois de extrairem a confissão, Ghunney e Emelia pegaram um galão de querosene, e com a ajuda de seus cúmplices, derramaram todo o conteúdo sobre a mulher e acenderam. Ela morreu dos ferimentos no dia seguinte.

Segundo relatos, os suspeitos dizem que derramaram óleo de unção sobre a mulher, que pegou fogo, pois estavam tentando expulsar um espírito maligno.

O correspondente diz que fotos de jornal mostrando os ferimentos da mulher causaram repulsa em Gana, e o incidente foi condenado por ativistas de direitos humanos e das mulheres.

O correspondente também disse que houve outros casos de violência contra mulheres acusadas de bruxaria, e uma comissão apoiada pelo governo, pediu que grupos religiosos e da sociedade civil ajudem a resolver o problema.


Tradução: Carlos de Castro


Fonte: BBC/Daily Mail

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