sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Nave russa com suprimentos para estação espacial explode

Cargueiro Progress explodiu após lançamento no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão

Fragmentos do cargueiro Progress caíram na Sibéria. Moradores afirmam que vidros foram quebrados com o impacto da explosão.

O cargueiro Progress que transportava suprimentos para seis astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional não conseguiu alcançar a órbita e pegou fogo na atmosfera na quarta-feira (23), lançando destroços sobre a Sibéria, informou a agência de notícias local Interfax.

"O cargueiro espacial Progress, que se desviou da órbita prevista, caiu no distrito Choiski, na República de Altai", indicou a fonte à agência "Interfax".

“A explosão foi tão forte que a 100 quilômetros vidros foram lançados das janelas”, disse Alexander Borisov, chefe da região de Choisky na província Altai, à agência RIA Novosti.

Mais cedo, a Agência espacial russa Roskosmos confirmou que o cargueiro russo Progress M12-M não havia alcançado sua órbita.

"Segundo dados preliminares, houve uma falha no sistema de motores", acrescentou a Roskosmos.

O cargueiro foi lançado do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão nesta quarta. Ele seria acoplado à Estação Espacial Internacional na próxima sexta-feira e carregava 2,9 toneladas de comida e combustível para a ISS.

A Estação Espacial Internacional tem suprimentos de comida para mais dois ou três meses. No entanto, o acidente ameaça atrasar o lançamento da próxima tripulação, daqui a um mês.

Isto porque a cápsula não tripulada que falhou no lançamento desta quarta-feira é semelhante a que será utilizada para transportar astronautas até a ISS.

O lançamento de uma Soyuz com três astronautas, incluindo um americano a bordo está previsto para 21 de setembro, mas a investigação aberta depois do acidente "poderia ter implicações para o lançamento da nave", disse Mike Suffredini, diretor do projeto da Estação.

A Rússia perdeu contato com a nave, que transportava uma carga para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), poucos minutos após seu lançamento.

O artefato, cuja separação estava prevista para as 17h09 de Moscou (10h de Brasília), não atingiu a órbita correta devido a uma falha nos motores do foguete portador Soyuz-U, segundo a agência oficial "RIA Novosti".

Sem os ônibus espaciais, a Nasa está contando com a Rússia, Europa e Japão, bem como empresas privadas americanas, para manter a estação abastecida.

Os russos tinham três toneladas de suprimentos a bordo da Progress que foi destruída. E vai caber aos russos também o transporte de astronautas até que a indústria privada americana esteja pronta tal tarefa. O objetivo é que a ISS opere até 2020.


Nasa


A agência espacial americana nega que a perda de Progress com 2,9 toneladas de comida afete a tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS).

Mike Suffredini disse em entrevista coletiva que estão avaliando os possíveis cenários para os próximos lançamentos mas que não estão preocupados, já que a estação está em boa condição logística.

A Nasa está estudando diferentes cenários e o especialista apontou inclusive a possibilidade de reduzir as quantidades de comida dos astronautas caso tivessem dificuldade para transportar as provisões. No entanto, insistiu que isso é pouco provável depois da carga levada por Atlantis em julho.

Além disso, se espera que a rotação da tripulação continue com seu ritmo habitual com as próximas Soyuz, embora pudessem estender temporariamente o período de estada dos seis astronautas, caso que tenham que ajustar as próximas missões.

Após a retirada das naves, de 30 anos de serviço, os Estados Unidos ficaram sem um veículo próprio para viajar à ISS e dependendo das naves russas, que realizam várias viagens por ano para levar oxigênio, combustível, alimentos e diversos equipamentos.

Enquanto isso, nos EUA começou a corrida espacial privada e 10 empresas disputam para ser a primeira a desenvolver um veículo alternativo privado.

Uma delas é SpaceX, cuja cápsula Dragon, deve fazer um voo de demonstração em novembro, com uma carga de 800 quilos, segundo lembrou Suffredini.

"Nosso desejo é ter um veículo de carga americano o mais rápido possível, após a retirada das naves".



Fonte: IG

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