Peixes encontrados durante expedição que pode ter coletado quatro novas espécies de peixes (Foto: Juvenal Pereira/WWF-Brasil)
Levantamento científico ocorreu durante expedição no Noroeste do estado. Primeiro estudo na área foi da expedição Roosevelt-Rondon, em 1913.
Quatro novas espécies de peixes podem ter sido descobertas durante a expedição Guariba-Roosevelt, que reuniu pesquisadores e cientistas em uma área de preservação no estado do Mato Grosso.
O grupo também teria registrado uma nova espécie de macaco do gênero Callicebus - conhecido como zogue-zogue.
A descoberta das quatro espécies de peixes foi realizada em rios de cabeceira. Os animais que mais chamaram a atenção dos pesquisadores durante os trabalhos em campo foram um lambari pescado numa região de campinarana (áreas de campos amazônicos), próxima ao rio Roosevelt, e um bagre coletado nas imediações do rio Madeirinha.
O que leva os pesquisadores a crer que são espécies novas são suas características físicas. “Essas espécies indicam um alto endemismo na região, o que pode nos ajudar a compreender o padrão de evolução das espécies na área.
E também levantar hipóteses sobre o que pode estar fazendo algumas dos peixes coletados estarem desaparecendo e ameaçados de extinção”, diz Machado.
Os peixes coletados foram levados aos laboratórios da Unemat, em Alta Floresta, a 830 quilômetros da capital Cuiabá. Lá, estudos mais detalhados vão comprovar se são de fato novas espécies.
A pesca ilegal e os garimpos foram as principais ameaças à biodiversidade encontradas na região. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Mato Grosso chegou a fazer uma autuação na área durante a expedição.
“Apesar disso, ainda constatamos que muitas das áreas permanecem intacta, apesar da proximidade e da facilidade de acesso pelas cidades no entorno”, diz Machado.
“Todas essas descobertas indicam a grande biodiversidade que ainda há para ser descoberta na região”, diz Mauro Armelin, diretor do Programa Amazônia do WWF-Brasil.
”São muito raras para a ciência essas novas descobertas, mas acredito que isso ocorra pela escassez de pesquisas. Perdemos a chance de conhecer espécies antes mesmo que estas desapareçam pelo desmatamento”. O último levantamento de fauna e flora que ocorreu na região foi nas décadas de 1970 e 80.
Expedição Roosevelt
A expedição percorreu quatro unidades de conservação no Noroeste do Mato Grosso, que envolvem o rio Roosevelt.
A região abriga os últimos remanescentes de floresta do Estado, que hoje é um dos campeões no crescimento do desmatamento, segundo dados do governo federal.
“São regiões pouco estudadas. A grande maioria dos levantamentos de ictiofauna hoje acontece em grandes rios, ou no mar”, afirma James Machado, um dos biólogos responsáveis pela coleta e pelos estudos que comprovam a descoberta – feita em parceria com os pesquisadores Solange Arrolho, da Universidade Estadual de Mato Grosso, e Rosalvo Rosa Duarte do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBIO) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O primeiro levantamento científico na região aconteceu quase cem anos atrás. A expedição foi coordenada pelo marechal Cândido Rondon e pelo ex-presidente americano Theodore Roosevelt, entre 1913 e 1914.
Eles foram responsáveis pelo mapeamento do rio batizado em homenagem a Roosevelt. Muitos animais coletados na região fazem parte hoje da coleção científica do museu Smithsonian, em Washington, nos EUA.
Fonte: G1
O grupo também teria registrado uma nova espécie de macaco do gênero Callicebus - conhecido como zogue-zogue.
A descoberta das quatro espécies de peixes foi realizada em rios de cabeceira. Os animais que mais chamaram a atenção dos pesquisadores durante os trabalhos em campo foram um lambari pescado numa região de campinarana (áreas de campos amazônicos), próxima ao rio Roosevelt, e um bagre coletado nas imediações do rio Madeirinha.
O que leva os pesquisadores a crer que são espécies novas são suas características físicas. “Essas espécies indicam um alto endemismo na região, o que pode nos ajudar a compreender o padrão de evolução das espécies na área.
E também levantar hipóteses sobre o que pode estar fazendo algumas dos peixes coletados estarem desaparecendo e ameaçados de extinção”, diz Machado.
Os peixes coletados foram levados aos laboratórios da Unemat, em Alta Floresta, a 830 quilômetros da capital Cuiabá. Lá, estudos mais detalhados vão comprovar se são de fato novas espécies.
A pesca ilegal e os garimpos foram as principais ameaças à biodiversidade encontradas na região. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Mato Grosso chegou a fazer uma autuação na área durante a expedição.
“Apesar disso, ainda constatamos que muitas das áreas permanecem intacta, apesar da proximidade e da facilidade de acesso pelas cidades no entorno”, diz Machado.
“Todas essas descobertas indicam a grande biodiversidade que ainda há para ser descoberta na região”, diz Mauro Armelin, diretor do Programa Amazônia do WWF-Brasil.
”São muito raras para a ciência essas novas descobertas, mas acredito que isso ocorra pela escassez de pesquisas. Perdemos a chance de conhecer espécies antes mesmo que estas desapareçam pelo desmatamento”. O último levantamento de fauna e flora que ocorreu na região foi nas décadas de 1970 e 80.
Expedição Roosevelt
A expedição percorreu quatro unidades de conservação no Noroeste do Mato Grosso, que envolvem o rio Roosevelt.
A região abriga os últimos remanescentes de floresta do Estado, que hoje é um dos campeões no crescimento do desmatamento, segundo dados do governo federal.
“São regiões pouco estudadas. A grande maioria dos levantamentos de ictiofauna hoje acontece em grandes rios, ou no mar”, afirma James Machado, um dos biólogos responsáveis pela coleta e pelos estudos que comprovam a descoberta – feita em parceria com os pesquisadores Solange Arrolho, da Universidade Estadual de Mato Grosso, e Rosalvo Rosa Duarte do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBIO) do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
O primeiro levantamento científico na região aconteceu quase cem anos atrás. A expedição foi coordenada pelo marechal Cândido Rondon e pelo ex-presidente americano Theodore Roosevelt, entre 1913 e 1914.
Eles foram responsáveis pelo mapeamento do rio batizado em homenagem a Roosevelt. Muitos animais coletados na região fazem parte hoje da coleção científica do museu Smithsonian, em Washington, nos EUA.
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