Ilustração mostra nova espécie de pterossauro descoberta na Espanha
Presença de animal no continente europeu reforça a ideia de que pterosauros, do grupo tapejarídeo, teriam contribuído com a disseminação das angiospermas no mundo.
Uma equipe internacional, que inclui um brasileiro,
descobriu uma nova espécie de pterossauro, do grupo dos tapejarídeo,
animais com cristas enormes e que até então, não tinham sido encontrados
na Europa.
Fósseis de tapejarídeos já foram encontrados na China,
África e no Brasil. A descoberta reforça a ideia de que estes répteis
alados teriam contribuído com a disseminação das angiospermas (plantas
que têm fruto) no mundo.
O pesquisador
explica que, exceto no caso encontrado na África, os fósseis encontrados
nos sítios arqueológicos na China, Brasil e Espanha estavam próximos de
vestígios de angiospermas.
Nova espécie de pterossauro foi descoberta no sítio arqueológico de Las Hoyas, na Espanha
“A descoberta de um tapejarídeo na Europa também só
reforça a ideia de que eles teriam atuado na dispersão das angiospermas,
levando sementes das plantas para outros lugares, por exemplo,”, disse o
paleontólogo que foi responsável pela descoberta de um fóssil de
tapejarídeo na Bacia do Araripe, no nordeste brasileiro, em 1989.
O animal, que recebeu o nome de Europejara olcadesorum,
media cerca de 1,5 metro e apresentava uma enorme crista sobre a
mandíbula. Ele não possuía dentes e se alimentava utilizando o bico.
Kellner destaca que o fato de ser um tapejarídeo
“naturalmente desdentado” faz desse pterossauro o mais antigo com essa
característica. Isto demonstra que a perda de dentes nos pterossauros é
mais antiga do que se supunha e deve estar ligada ao desenvolvimento de
novas estratégias alimentares.
“Acreditamos que eles se alimentavam de
fruta, mas isto só será possível descobrir a partir de exames do
conteúdo estomacal poderiam confirmar essa hipótese”, disse.
Fonte: IG
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