segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Tumba de guerreiro da Renascença revela amputação misteriosa




Giovanni dalle Bande Nere ou Giovanni das Bandas Negras era um guerreiro nobre da Renascença.


Novos estudos mostram que ele pode não ter morrido como os historiadores acreditavam. É o que indica uma nova investigação feita em seus ossos.


Pesquisadores italianos abriram sua tumba (que já tinha sido aberta cinco vezes) nesta semana para investigar a causa real de sua morte. Até então, acreditava-se que ele havia sido mortalmente ferido em uma batalha. 
Nascido em 1498 na rica e influente família Médici, Giovanni trabalhou como capitão mercenário militar para o Papa Leão X (que também era de sua família). Quando o papa morreu em 1521, Giovanni mudou seu uniforme e incluiu bandas de luto negras, daí seu apelido.


Acreditava-se que, numa batalha de 1526, ele teve sua perna amputada e morreu alguns dias depois devido a uma infecção. 
Contudo, uma nova investigação nos restos de Giovanni mostrou que apenas o seu pé foi separado do corpo. Também não foi encontrado nenhum ferimento em sua coxa, onde ele teria sido atingido.


Segundo Marco Ferri, um porta-voz da Superintendência de Belas Artes dos Museus Florentinos afirmou em um e-mail ao Live Science que “Giovanni foi ferido em sua perna direita (talvez acima do joelho) mas foi amputado no pé. Por quê? O cirurgião não era um bom médico ou a notícia que chegou a nós não está correta”.



Os ossos de Giovanni estão juntos do de sua esposa, Maria Salviati, em duas caixas de zinco na cripta das Capelas dos Médici em Florença. Sua tíbia e fíbula (ossos das pernas que ficam abaixo dos joelhos) foram encontrados amputados, mas não há ferimento no fêmur (osso da coxa)



As primeiras medições indicam que Giovanni tinha cerca de 1,78 metro de altura. Gino Fornaciari, da Universidade de Pisa, e sua equipe encontraram um recipiente de vidro em forma de tubo com um cartão enrolado que pode conter uma inscrição. Curiosamente, o recipiente não é mencionado em relatórios de pesquisas mais antigas.


Marco afirmou que a equipe ainda ia investigar melhor os ossos antes de enterrá-los novamente. As descobertas ainda são prematuras e não foram publicadas em nenhum jornal científico.





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