Em Dra Abu el-Naga arqueólogos espanhóis do Proyecto Djehuty descobriram
o sepultamento de quatro indivíduos que viveram no 2° Período
Intermediário, durante a XVII Dinastia
Por Márcia Jamille Costa
Em Dra Abu el-Naga arqueólogos espanhóis do Proyecto Djehuty descobriram o sepultamento de quatro indivíduos que viveram no 2° Período Intermediário, durante a XVII Dinastia.
Uma das sepulturas pertence a um homem
chamado Intefmose, o qual é identificado em sua tumba como “Filho do
Rei” que de acordo com o arqueólogo José Manuel Galán, coordenador do
projeto, poderia ser filho de Sobekemsaf.
Seu sepultamento destaca-se
por uma pequena capela construída com tijolos de adobe, erguida em
frente a um poço de cerca de sete metros que leva até a tumba
propriamente dita.
Uma passagem na câmara funerária de
Intefmose leva ao sepulcro de um segundo individuo, um funcionário
chamado Ahhotep, denominado como “porta voz de Netjen” (Hieracômpolis,
em grego), uma das cidades mais antigas do Egito.
Neste local foram
encontrados três shabtis de barro pintado com inscrições que identificam
Ahhotep como o seu dono. Acerca destes artefatos Galán declarou na nota
oficial do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) [1]:
Dois destes shabtis se encontravam cada
um dentro de pequenos sarcófagos de barro, decorados com uma inscrição
em suas laterais e na tampa.
O terceiro estava envolto em nove faixas de
linho, como se se tratasse de uma verdadeira múmia e cada uma das
faixas tinham restos de escritas em tinta negra. Estas figurinhas são de
um estilo muito original e naïf, o que lhes dá um encanto especial e um caráter único ([1] tradução nossa).
Shabts de Ahhotep. Foto: CSIC
Sarcófago do garoto de cinco anos
Um dos shabt de Ahhotep. Foto: CSIC
Shabt envolto em bandagens de linho de Ahhotep. Foto: CSIC
Sarcófago do garoto de cinco anos. Foto: CSIC
Imagem do príncipe Intefmose encontrada em sua tumba. Foto: CSIC
Foi também durante esta temporada que o sarcófago de uma criança do sexo
masculino de aproximadamente cinco anos e provável membro da realeza
mais restos do acompanhamento funerário de um príncipe chamado
Ahmose-sapair foram encontrados.
Estas descobertas estão firmando Dra Abu el-Naga como mais uma das
necrópoles reais do Egito faraônico, mas estas pesquisas possuem mais
significado por tratarem com artefatos datados do 2° Período
Intermediário, uma época de grandes mudanças no poder centralizado dos
faraós, que sofre considerável declínio com a tomada do Delta por parte
dos hicsos.
Estes estrangeiros determinam Avaris como a capital do seu
reino, enquanto que paralelamente os nativos governavam o sul do país a
partir de Tebas.
Fonte: Arqueologia Egípcia
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