segunda-feira, 8 de abril de 2013

Papua Nova Guiné: seis mulheres, acusadas de bruxaria, são torturadas e queimadas como 'sacrifício de Páscoa'. Anistia Internacional pede providências.



Anistia insta Papua Nova Guiné a agir contra feitiçaria, após novo 'sacrifício'.
 
 
A Anistia Internacional renovou hoje o apelo para o fim da violência relacionada com a feitiçaria na Papua Nova Guiné, na sequência de notícias de que seis mulheres foram torturadas com ferros quentes num 'sacrifício' da Páscoa. 
 

A Anistia Internacional disse que a polícia da Papua Nova Guiné estava a investigar o caso, mas a polícia em Port Moresby não confirmou a informação à agência AFP. 
 

A notícia surge semanas depois de uma mulher, acusada de bruxaria, ter sido queimada viva por populares. 
 

Uma notícia publicada pelo The National dava conta de que seis mulheres e um homem acusados de bruxaria foram torturados em "sacrifícios" da Páscoa numa aldeia do sul do país, a 28 de março. 
 

O indivíduo, Komape Lap, 54 anos, disse ao jornal que lutou contra os seus atacantes, mas que não sabia o que aconteceu às mulheres, duas delas suas esposas. 
 

Komape Lap contou que as mulheres estavam de mãos amarradas, despidas, e tinham ferros quentes introduzidos nos genitais durante o "sacrifício". 
 

A Anistia Internacional exortou as autoridades na Papua Nova Guiné a prevenirem e punirem este tipo de violência. 
 

"A prioridade deve ser descobrir o que aconteceu a estas seis mulheres", disse a investigadora da Anistia Internacional para a região do Pacífico. 
 

"Os autores do crime devem igualmente ser levados à justiça por sequestro, crimes sexuais e outros, se confirmados", acrescentou. 
 

O pedido segue-se a um caso da morte de uma jovem mãe, em fevereiro, que depois de despida e regada com petróleo, foi incendiada na rua principal de Mount Hagen, perante a assistência de centenas de pessoas. 
 
 
 
 

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