Kepler-62e
Kepler-62f
Kepler-69c
Descoberta, porém, não garante que planetas possam abrigar vida.
Cientistas descobriram dois planetas de tamanho similar à
Terra e que ficam na chamada "zona habitável" ao redor de uma estrela.
A
descoberta, divulgada nesta quinta-feira em artigo na revista Science, pode ser uma das mais - ou a mais - importante do telescópio Kepler.
A zona habitável é aquela na qual o calor de uma estrela
é suficiente para manter água em estado líquido e a presença de outros
elementos necessários à vida como conhecemos, como dióxido de carbono e
nitrogênio - ou seja, em situação similar à da Terra.
Contudo, os
cientistas alertam que isso não significa que o planeta é habitável - já
que as condições dependem de diversos fatores, principalmente da
composição da atmosfera.
O telescópio descobriu um sistema com cinco planetas que
orbitam a estrela, chamada de Kepler-62. Suas massas variam de
"meia-Terra" ao dobro daquela do nosso planeta.
O "ano" desses corpos
(ou seja, o tempo que demoram para dar uma volta ao redor de sua
estrela) varia entre seis dias na Terra (o que indica um local muito
próximo de seu sol e, portanto, muito quente) e nove meses - no planeta
mais afastado descoberto, chamado de Kepler-62f.
Este e o Kepler-62e são
os dois que estão na zona habitável e eles têm 1,61 e 1,41 vez o
tamanho da Terra, respectivamente.
O observatório espacial já vasculhou mais de 100 mil
estrelas e descobriu diversos planetas - mais de 100 com tamanho
inferior à nossa Lua.
O telescópio já encontrou outros planetas em zonas
habitáveis antes, mas, segundo a Science, não se sabe o tamanho deles, apenas sua massa mínima.
Para a pesquisadora Sara Seager, do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts (MIT), a descoberta é importante, mas a
missão "não diz 'é habitável, vamos lá ver'. As estrelas do Kepler são
muito fracas; a quantidade de informação será muito pequena para
demonstrar habitabilidade."
Segundo a Science, para caracterizar
exoplanetas potencialmente habitáveis, os astrônomos precisam de
estrelas mais próximas e mais brilhantes.
O Satélite de Pesquisa de
Trânsito de Exoplanetas (Tess, na sigla em inglês), aprovado neste mês
pela Nasa - a agência espacial americana - e programado para ser lançado
em 2017, pode encontrar esses sistemas mais brilhantes.
Fonte: Terra
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