Espécie pode ser a ligação necessária para explicar separação entre primatas e humanos.
O esqueleto de uma espécie de primatas até então desconhecida pode
explicar o elo perdido entre nossos ancestrais e ajuda a explicar a
evolução dos humanos.
Descoberta por uma equipe internacional de
pesquisadores, a espécie denominada Archicebus achilles é o
mais antigo o fóssil de primata já encontrado.
O fóssil foi desenterrado
no antigo leito de um lago na província de Hubei, na China, próximo ao
curso do rio Yangtzé.
Com a descoberta, um evento crucial no processo -
quando começou a separação que levou aos atuais macacos e humanos
(chamados coletivamente de antropóides) - passa a ser explicado: há,
afinal, um elo entre os primeiros primatas, em um ramo, e os pequenos
habitante de árvores conhecidos como társios em outro.
O artigo descrevendo a descoberta foi publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature.
O fóssil foi descoberto em estratos de rochas sedimentares que foram
depositados em um lago antigo há aproximadamente 55 milhões de anos,
durante o período inicial do Eoceno, na era Cenozoica.
Esse foi um
intervalo registrado nas condições globais do efeito estufa, quando
grande parte do mundo estava coberto por florestas tropicais e palmeiras
cresciam onde hoje fica o Alasca.
Assim como muitos outros fósseis recuperados do estrato de lagos antigos, o esqueleto do Archicebus achilles foi encontrado quando os cientistas dividiram as finas camadas de rocha que continham o fóssil.
Como resultado, o esqueleto do Archicebus está
agora preservado em duas partes complementares. O fóssil é cerca de 7
milhões de anos mais antigo que as ossadas mais velha até então
conhecidas.
Os pesquisadores estimam que um Archicebus adulto
teria pesado ainda menos que o menor primata atual - o
lêmure-rato-pigmeu de Madagascar.
Os exemplares dessa espécie teriam
apenas cerca de 20-30 gramas. Seu calcanhar tinha uma anatomia incomum,
similar à humana, com pés parecidos com os de macacos e braços, pernas e
dentes semelhantes aos de primatas muito primitivos e olhos
"surpreendentemente pequenos", segundo os pesquisadores.
Fonte: Terra
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