Mais de 200 pesquisadores,
fanáticos e curiosos sobre o mundo óvni estão se reunindo estes dias na
cidade argentina de Capilla del Monte, meca nacional de observação e
experiências extraterrestres, para compartilharem as últimas notícias do
mundo da ufologia.
O único objetivo do 27º Congresso Internacional de Ufologia, que
acontece até o próximo domingo é, "discutir um tema tão controvertido e,
às vezes, tão mal apresentado", segundo explicou à Agência Efe Luz Mary
López, diretora do Centro de Relatórios Ovni (CIO) e organizadora do
encontro.
A mítica cidade de Capilla del Monte, na província de Córdoba, a 800
quilômetros de Buenos Aires, é famosa pelas centenas de testemunhos de
pessoas que asseguram ter visto objetos voadores não identificados em
suas ruas e, especialmente, em seu famoso Cerro Uritorco.
"Eu os vi duas vezes e tentei me convencer de que era um satélite ou
um avião, mas os movimentos das luzes eram bem lentos e, de repente, em
um segundo, cruzavam todo o céu até o monte", disse à Efe María, uma
vizinha da cidade, que confessa que se assustou muito.
Não apenas os moradores locais participam do congresso, de fato,
talvez sejam minoria entre os participantes que chegam de todas as
partes do país a esta enigmática cidade, que ostenta centenas de
encantos naturais e uma ou outra figura de marciano.
"É a primeira vez que venho, e apesar de todo o folclore que ronda o
tema, acho que esta é uma oportunidade para encontrar boa informação
científica, porque sei que são rigorosos", assinalou Víctor, um
professor da cidade de Rosario.
"Todos olham para Capilla del Monte porque aqui aconteceu o único
fato que ultrapassou as fronteiras da Argentina", afirmou a
organizadora, que também é viúva do falecido Jorge Suárez, investigador
pioneiro em ufologia no país.
O evento ao qual se refere López é "A marca do passarinho" e data de
1986, quando um menino e duas idosas foram testemunhas de uma nave que
passou e deixou uma marca na Sierra del Pajarillo, dentro do Cerro
Uritorco.
"O menino viu uma coisa, cores e uma luz enorme que descia pela serra
e, no dia seguinte, encontraram uma marca de 120 por 70 metros em um
lugar de impossível acesso", relatou a investigadora do CIO, fundado por
ela e Suárez em 1992.
"Um ano e meio depois, um incêndio atingiu toda a serra mas o fogo
não chegou à marca e já vieram de todas as partes do mundo para
pesquisá-la, mas não encontraram explicação para o fenômeno",
acrescentou.
Depois da marca, hoje são mais de cem mil os caminhantes que chegam ao enigmático monte, quando antes de 1986 eram apenas 400.
"Tive uma experiência pessoal subindo o Cerro Uritorco e vim ao
congresso para buscar uma resposta e saber um pouco mais", afirmou
Roberto, um advogado de 37 anos procedente de Mendoza.
"Eu nunca os vi, mas acho que os extraterrestres estão caminhando
entre nós há bastante tempo", assegurou Elsa, uma dona de casa de 80
anos "apaixonada" pelo tema, que viajou ao congresso desde Buenos Aires
como presente do "dia das mães".
Este ano, a temática central do congresso é "Rumo a Marte" e os
principais conferencistas falarão sobre a possibilidade de que haja vida
no planeta vizinho ou, no caso do americano Andrew Basiago, a certeza
de que ele mesmo pisou o planeta vermelho.
"Vieram de países como Estados Unidos e México nesta edição para
compartilhar suas experiências e estudos; Laura Eisenhower, neta do
ex-presidente americano, que foi recrutada para viajar para Marte, assim
como Basiago", afirmou López.
O congresso também contará com
uma homenagem a Jorge Suárez, morto em 2012, que fomentou através de
suas pesquisas no CIO e num programa de rádio a curiosidade de
cientistas e artistas locais, que farão um "Tributo à amizade" no
evento.
"Convocamos cerca de 150, 200 pessoas na média a cada ano, que parece
pouco, mas o certo é que é tudo feito com muito esforço por nós e
sonhamos com que o mundo saiba e se aproxime", assegurou López.
Fonte: Yahoo!
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