47 milhões de anos atrás, uma égua grávida e seu potro por nascer
perderam suas vidas, talvez perseguidos em um lago, onde acabaram se
afogando.
Onde eles morreram, no entanto, foi um golpe de sorte para os
paleontólogos do século 21. Seus restos fossilizados foram descobertos
no Messel Pit, uma antiga mina de carvão e xisto betuminoso, perto de
Frankfurt, na Alemanha, que é famosa por seus fósseis requintadamente
preservados.
A égua e seu feto agora estão dando aos cientistas
uma visão sem precedentes sobre a anatomia e reprodução desta espécie de
cavalo, Eurohippus messelensis. Como outros antecessores dos cavalos de hoje, a égua é pequena, do tamanho de um cachorro da raça fox terrier.
Entre as descobertas, está a placenta do animal. Este órgão não foi
fossilizado diretamente, mas é visível como uma sombra escura deixada
por bactérias que consumiram o tecido e, em seguida, foram fossilizadas.
É apenas o segundo exemplo de um fóssil onde a placenta foi
identificada, diz Jens Franzen, paleontólogo do Instituto de Pesquisa
Senckenberg e Museu de História Natural de Frankfurt.
Os pesquisadores ainda puderam ver o ligamento largo que ajuda a fixar o útero na espinha dorsal. Sob um microscópio eletrônico de varredura, os cientistas viram a
estrutura celular do cólon e da planta que pode ser uma das refeições
finais da égua.
A posição do potro sugere que ele não estava na
posição para nascer, mas estava perto de amadurecer, e sugere que os
cavalos antigos davam à luz de uma forma semelhante à de seus primos
modernos. Embora o crânio do feto tenha sido esmagado, suas costelas e
pernas são claramente visíveis.
Fonte: UOL
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