Cientistas estudam motivos para seis corpos terem sido encontrados na Polônia com foice e pedra no pescoço.
Os cientistas da Universidade Alabama do Sul estavam
curiosos sobre o misterioso caso da pequena cidade polonesa de Drawsko
Pomorskie, onde seis corpos foram encontrados enterrados “de maneira
estranha”, bastante parecida ao que era usado no leste europeu contra
possíveis "vampiros".
Para entender o motivo de quatro adultos, uma
jovem e uma criança terem sido enterrados com uma foice e pedra na
altura do pescoço, foram feitas análises do DNA dos dentes encontrados.
As informações são do Daily Mail.
Os corpos tinham a foice e a pedra grande na altura do
pescoço, como se fosse para impedir que “fugissem da morte”. Os
arqueólogos desconfiaram que essas pessoas fossem da mesma família e que
viessem de fora, tendo despertado desconfiança na comunidade depois da
morte semelhante e rápida de todos.
Porém, os testes revelaram que não se tratam
de ‘estrangeiros’ e, sim, membros pertencentes a essa comunidade. Por
causa disso, as pessoas podem ter ficado com medo por outros motivos -
talvez pela forma desconhecida em que morreram. Assim, os estudiosos
apontam outro motivo pelo medo do "vampirismo": a cólera.
Até então desconhecida e pouco comum, a família pode ter
sido uma das primeiras a se contaminar e a morrer da doença que,
durante o século XVII se alastrou pela Polônia, fazendo centenas de
vítimas.
Os arqueólogos envolvidos no estudo apontam que a morte de
doenças "estranhas" causou esse tipo de ritual em muitas dos primeiros
atingidos dentro de surtos e epidemias na Europa durante séculos. Essas
pessoas eram consideradas vulneráveis a “voltarem dos mortos”.
“Os registros históricos descrevem múltiplas epidemias de cólera que se
estenderam pela Polônia ao longo do século XVII, como resultado da água
contaminada.
As primeiras pessoas a morrer de um surto da doença
infecciosa pode ter sido considerada mais propensas a voltar dos mortos
como um vampiro e espalhar o problema com sua mordida. No entanto, como a
cólera mata rapidamente e não deixa marcas visíveis no esqueleto, não
está claro se este é o caso em Drawsko”, afirmou o arqueólogo da
Universidade do Alabama, Lesley Gregoricka.
Fonte: Terra
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