A nave de carga espacial europeia Albert Einstein queima durante a
reentrada na atmosfera em 2013: objeto deverá ter destino semelhante
- ESA/Nasa
Objeto designado WT1190F é provável relíquia de missões à Lua e vai queimar na reentrada na atmosfera sobre o Oceano Índico.
Cientistas e astrônomos amadores ao redor do mundo estão acompanhando
de perto a trajetória do que se acredita ser um pedaço de lixo espacial
que deverá cair na Terra na próxima sexta-feira, 13 de novembro, sem
nenhum risco para pessoas em solo.
Designado WT1190F, o objeto foi
detectado pela primeira vez em 2013 pelo Levantamento do Céu Catalina -
projeto baseado na Universidade do Arizona, EUA, com o objetivo de
buscar por asteroides e cometas que passem perto de nosso planeta, os
chamados NEOs (sigla em inglês para “objetos próximos da Terra”) – em
uma órbita translunar, isto é, que o leva além da Lua, e novamente
observado no último dia 3 de outubro.
Além disso, o WT1190F apareceu pelo menos três vezes nos arquivos do
Pan-STARRS, outro programa de busca de NEOs que usa telescópios
instalados no Havaí, em 2012, 2013 e 2015. Estes múltiplos avistamentos
permitiram aos cientistas calcularem com uma precisão inédita sua
reentrada na atmosfera, prevista para as 4h19 de sexta (horário de
Brasília) em um ponto sobre o Oceano Índico a cerca de 100 quilômetros
ao Sul da costa do Sri Lanka, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA).
- O objeto é bem pequeno, com no máximo um par de metros de diâmetro, e uma parte significativa dele, se não todo, deverá queimar completamente na atmosfera – disse Tim Flohrer, funcionário do Escritório para Lixo Espacial da ESA junto ao centro de operações da agência europeia, em um comunicado.
Ainda de acordo com a ESA, análises da trajetória do WT1190F indicam que o objeto tem uma densidade muito baixa, apenas 10% a da água, bem menor do que a de rochas que comporiam um asteroide ou mesmo da mistura de rochas, poeira, gelo e gases de um cometa. Isso e a sua órbita translunar sugerem que ele seja uma relíquia de missões à Lua, talvez mesmo dos voos tripulados do projeto Apollo realizados pela Nasa entre o fim dos anos 1960 e início da década de 1970.
- Sua densidade de fato é compatível com o objeto ser uma casca oca, como o último estágio usado de um foguete ou parte de um estágio – considerou Detlef Koschny, responsável pelas atividades relativas a NEOs da ESA no mesmo comunicado.
- O objeto é bem pequeno, com no máximo um par de metros de diâmetro, e uma parte significativa dele, se não todo, deverá queimar completamente na atmosfera – disse Tim Flohrer, funcionário do Escritório para Lixo Espacial da ESA junto ao centro de operações da agência europeia, em um comunicado.
Ainda de acordo com a ESA, análises da trajetória do WT1190F indicam que o objeto tem uma densidade muito baixa, apenas 10% a da água, bem menor do que a de rochas que comporiam um asteroide ou mesmo da mistura de rochas, poeira, gelo e gases de um cometa. Isso e a sua órbita translunar sugerem que ele seja uma relíquia de missões à Lua, talvez mesmo dos voos tripulados do projeto Apollo realizados pela Nasa entre o fim dos anos 1960 e início da década de 1970.
- Sua densidade de fato é compatível com o objeto ser uma casca oca, como o último estágio usado de um foguete ou parte de um estágio – considerou Detlef Koschny, responsável pelas atividades relativas a NEOs da ESA no mesmo comunicado.
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