quinta-feira, 2 de março de 2017

Mamutes lanosos sofreram mutações genéticas que impediram sua sobrevivência



Antes do mamute lanoso ser extinto, milhares de anos atrás, sua população em declínio sofreu uma série de mutações genéticas que afetaram sua capacidade de sobreviver, disseram pesquisadores nesta quinta-feira.


Os mamutes lanosos já estiveram entre os herbívoros mais comuns na América do Norte e na Sibéria, mas foram ameaçados pela caça e pelo aquecimento global, e desapareceram da Terra há 3.700 anos.


Especialistas analisaram o genoma de um dos últimos mamutes lanosos descobertos – um exemplar de 4.300 anos de idade da Ilha de Wrangel, na costa norte da Sibéria. 


Acredita-se que cerca de 300 desses animais resistiram na ilha depois dos mamutes serem extintos no continente, cerca de 10.000 anos atrás. 


Os pesquisadores compararam os genes deste espécime mais recente com os de um muito mais antigo – de cerca de 45.000 anos atrás – e procedente de uma população mais numerosa e robusta. 


“Temos aqui uma oportunidade rara de ver instantâneos de genomas antes e depois de um declínio populacional em uma única espécie”, disse a coautora do estudo Rebekah Rogers, da Universidade da Califórnia em Berkeley. 


Os pesquisadores encontraram mutações muito mais prejudiciais no mamute da ilha do que no do continente, onde os parceiros de reprodução eram abundantes e diversos, e a população era muito mais saudável.


“Os resultados que encontramos foram consistentes com esta teoria discutida durante décadas”, acrescentou. 


Algumas das falhas genéticas que os pesquisadores descobriram podem ter causado dores de estômago e problemas gastrointestinais nos animais, além de deixá-los mais vulneráveis a temperaturas frias. 


“Os animais perderam muitos receptores olfativos, que detectam odores, bem como proteínas na urina, o que pode afetar o status social e a escolha do parceiro”, disse o estudo, publicado na revista científica PLOS Genetics. 


Os resultados são “um alerta para os esforços contínuos para proteger as espécies atualmente ameaçadas de extinção com populações pequenas”, disse o estudo.




Fonte: Isto É

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