sábado, 3 de julho de 2010

Descoberto cemitério de cavalos do século 17 na Holanda

Esqueletos de cavalos deixados na vizinhança do Rio Maas, na Holanda. Ermindo Armino/AP


A equipe de arqueólogos vinha buscando sinais de habitação humana pré-histórica na área.

Arqueólogos encontraram um túmulo coletivo com os esqueletos completos de 51 cavalos sepultados lado a lado, provavelmente as vítimas equinas de uma batalha do século 17.

Trata-se do maior cemitério equino conhecido na Europa, embora a arqueóloga Angela Simons tenha dito muitos locais semelhantes provavelmente já existiram e foram destruídos por fazendeiros ao longo dos séculos.

A equipe de arqueólogos vinha buscando sinais de habitação humana pré-histórica na área quando fez a descoberta inesperada.

"Desde a primeira pá, foi cavalos, cavalos e mais cavalos", disse Angela, que trabalha para uma empresa contratada pelo governo holandês para estudar o terreno antes do início de um projeto de construção.




Os cavalos mostravam sinais de terem sido enterrados às pressas: os corpos não estavam arranjados de forma cuidadosa, e os esqueletos ocasionalmente se sobrepõem.

"É fácil imaginar que esta é a forma como o pessoal da cavalaria poderia se livrar das montarias mortas em tempo de guerra", disse a arqueóloga, acrescentando que doenças ou uma praga não podem ser descartadas.




Também não está claro se os cavalos foram sepultados por uma questão sentimental ou por medo de uma contaminação. Os esqueletos estavam em uma vala próxima ao Rio Maas, 3 km ao norte de Maastricht.

Testes preliminares de carbono datam os ossos do século 17, quando a Holanda ainda lutava para se afirmar como nação. Se os cavalos foram mortos em batalha, uma candidata provável é a luta de 1632 durante a Guerra de Oito Anos, quando rebeldes holandeses repeliram uma ataque da cavalaria espanhola.



Outra possibilidade é o cerco de Maastricht de 1673, movido por soldados franceses. Essa batalha é vista como um marco histórico, pelo modo como os franceses se valeram de trincheiras para se proteger.


Fonte: Estadão

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