sábado, 17 de janeiro de 2009

ABIN INVESTIGA UAV ENCONTRADO NO CEARÁ


Mistério em Icapuí

Agência de Inteligência dá início à investigação

Órgão de Estado ligado à Presidência da República deu início às investigações para descobrir o que o alvo aéreo encontrado em Icapuí estava fazendo em águas brasileiras.

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) iniciou trabalho de investigação para descobrir a que país pertence e o que estava fazendo em águas brasileiras o drone encontrado na praia de Barreiras, em Icapuí, a 202 quilômetros da Capital.

A Abin é um órgão de Estado vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. A ela, compete desenvolver atividades de inteligência, inclusive sigilosas, que promovam a segurança do Estado e da sociedade.


Por meio de sua assessoria de imprensa, a Agência informou que não poderá prestar mais informações sobre o trabalho de inteligência que está desenvolvendo para não atrapalhar as investigações.

O equipamento está no Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), em Parnamirim (RN), na Região Metropolitana de Natal, para onde foi levado na quarta-feira por militares. A Aeronáutica informou que o equipamento sob sua custódia está sendo analisado.

O Ministério da Defesa comunicou, por meio de sua assessoria de comunicação, que o caso foi repassado ao Exército Brasileiro.

O principal mistério que intriga as autoridades é qual o objetivo do drone em águas brasileiras. Há hipóteses, no entanto, acerca de qual seja o país dono do equipamento.

O equipamento tem a função de servir como alvo aéreo e pode ser guiado por um controle remoto sofisticado. Outra função, no entanto, pode ser de reconhecimento e visualização de áreas por imagem.

Mas a EADS, fabricante do artefato, descarta que o drone encontrado no Litoral Leste cearense tenha essa utilidade. Segundo a empresa, o aparelho “é da família Do-DT”, e seria hábil somente para a função de alvo aéreo.



Segundo uma fonte ouvida por O POVO, que prefere não se identificar, o drone pode ter vindo da Guiana, na América do Sul.

A possibilidade é de que o exército francês tenha realizado algum exercício militar, o drone tenha caído no mar e tenha flutuado até o litoral cearense.

A Guiana, que foi colônia francesa até a década de 1940, mantém uma unidade de helicópteros do exército francês, que dão apoio às atividades militares das Forças Armadas da França, conforme O POVO apurou.

Outra hipótese é de que o alvo aéreo militar pertença ao exército alemão, já que o país está usando o equipamento em grande quantidade. Se essa possibilidade for confirmada, a surpresa será grande até para os especialistas.

Será difícil explicar como o drone chegou à costa brasileira, já que os alemães não costumam trabalhar pelos lados de cá.

“Seria difícil imaginar como ele flutuou por meses até aqui”, comenta Jackson Flores, jornalista americano, correspondente da revista inglesa Flight International, que é especialista em aviação.


ENTENDA O CASO DO ALVO AÉREO MILITAR ENCONTRADO EM ICAPUÍ

Em dezembro do ano passado, o pescador José Evaristo da Silva encontrou o alvo aéreo militar em alto-mar. Segundo ele, estava a 18 milhas da costa de Icapuí.

Mesmo sem saber o que era aquilo, Evaristo e mais cinco pescadores amarraram o equipamento ao barco e o rebocaram até a costa.

O artefato virou atração na cidade. Foram muitos os visitantes curiosos no local. Todos querendo registrar o objeto, que até então, era não-identificado.

Na terça-feira, 13/1, O POVO noticiou o caso com exclusividade. Nem Aeronáutica nem Marinha souberam identificar que objeto era aquele.

Na quarta-feira, 14/1, militares do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, com sede no Rio Grande do Norte, foram a Icapuí buscar o objeto para analisá-lo e iniciar investigação.


Fonte: O Povo

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