A polícia de Londres divulgou uma foto da raposa que os investigadores acreditam ter atacado duas bebês gêmeas em Londres no sábado.
Além do drama pessoal, o caso abriu uma discussão sobre a proliferação das raposas pela cidade. Especialistas, institutos de pesquisa de opinião e até o prefeito entraram no debate.
A foto que a polícia fez circular na noite da quarta-feira foi tirada com um celular por um dos primeiros policiais a chegar à cena do ataque. A polícia, entretanto, disse não ter certeza de que se trata do mesmo animal que atacou as gêmeas.
A raposa aparece do lado de fora da porta que dá para o jardim da casa. Segundo a polícia, o encontro durou poucos segundos – após perceber que fora notada, a raposa fugiu e saiu da vista do investigador.
As gêmeas atacadas continuam no hospital. Uma delas continua internada em estado grave, sob o efeito de sedativos e respirando com ajuda de aparelhos. A outra passa bem.
Debate
O caso suscitou o debate sobre o controle da crescente população de raposas pela cidade.
A subprefeitura da região de Hackney, onde o ataque ocorreu, distribuiu panfletos alertando os moradores para os perigos dos animais.
Especialistas estimam que cerca de 10 mil raposas vivem na capital britânica e dizem que os animais se adaptaram bem à vida urbana durante os últimos 50 anos, por encontrar bastante comida nos lixos e abrigo nos jardins e outros locais abertos.
"Muitas pessoas ficam maravilhadas com raposas circulando pela cidade, achando a situação romântica, mas existe o lado negativo: elas são pragas, causam muitos estragos e vimos os trágicos eventos dos últimos dias", afirmou o prefeito de Londres, Boris Johnson.
Uma pesquisa realizada em 2001 pela ONG Mammal Society revelou que 80% dos londrinos gostam da presença das raposas na cidade.
Potenciais rivais
A RSPCA, sociedade britânica de proteção dos animais, disse que ataques de raposas a humanos são bastante raros.
Já o especialista John Bryant disse acreditar que a raposa que atacou as gêmeas era um filhote de cerca de três ou quatro meses de idade, atraído pelo cheiro de comida nas fraldas das bebês.
"Acho que a raposa abocanhou a fralda achando que era comida, não conseguiu retirá-la por entre as barras do berço e lutou com o que achou ser um rival pela fralda", disse Bryant em entrevista ao website Sky News Online.
O tio das meninas, David Watson, disse que o estado das meninas melhorou. A raposa mordeu as duas bebês nos braços e uma delas, Lola Koupparis, no rosto.
Fonte: BBC
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