quarta-feira, 10 de abril de 2013

A descoberta de uma vida: O bizarro "morcego panda" descoberto no Sudão do Sul







Os pesquisadores dizem que o morcego é de um gênero totalmente novo. O pêlo preto e branco faz com que pareça estranhamente com um panda.

O morcego, descoberto no Sudão do Sul, é tão raro que os pesquisadores acreditam que é um gênero totalmente novo.

 
"Minha atenção foi imediatamente atraída para o padrão de beleza impressionante e distinto de manchas e listras do morcego", disse a Professora de Biologia DeeAnn Reeder da Universidade Bucknell, que fez a descoberta.

 
"Era claramente um animal extraordinário, que eu nunca tinha visto antes - Eu sabia que no momento que o vi, era a descoberta de uma vida".


Reeder avistou o animal na Bangangai Game Reserve.

 

Depois de voltar para os Estados Unidos, Reeder determinou que o morcego era o mesmo que foi capturado originalmente na República Democrática do Congo em 1939 e nomeado Glauconycteris superba, mas ela e seus colegas não acreditam que se encaixe no gênero Glauconycteris.
 

"Depois de uma análise cuidadosa, ficou claro que ele não pertence ao gênero", disse Reeder.

 
"Suas caracteristicas cranianas, das asas, seu tamanho e orelhas - literalmente tudo o que você olhar não se encaixa.

 
"É tão diferente que é preciso criar um novo gênero."

 
No artigo, "A new genus for a rare African vespertilionid bat: insights from South Sudan" que acaba de ser publicado pela revista ZooKeys, Reeder, juntamente com os co-autores do Smithsonian Institution e da Islamic University em Uganda, colocam esse morcego em um novo gênero - Niumbaha.



A palavra significa "raro" ou "incomum" em Zande, a língua do povo Azande do Estado onde o morcego foi capturado.


O morcego é apenas o quinto exemplar de seu tipo já recolhido, e o primeiro no Sudão do Sul, que ganhou sua independência em 2011.


"Nossa descoberta deste novo gênero de morcego é um indicador de como a área é diversificada e quanto resta de trabalho", acrescentou Reeder. "A compreensão da biodiversidade e conservação é crítica de muitas maneiras".


"Sabendo quais espécies estão presentes em uma área, permite uma melhor gestão". "Quando as espécies são perdidas, resulta em mudanças no nível do ecossistema". "Estou convencida de que esta área é uma em que temos de continuar a trabalhar."


A pesquisa da equipe no Sudão do Sul foi possível graças a uma doação de US $ 100.000 que Reeder recebeu do Fundo Woodtiger.


A fundação privada de pesquisa recentemente premiou Reeder com outra concessão de U$ 100.000 para continuar sua pesquisa em maio deste ano e para apoiar programas de conservação da FFI.


"Para mim, esta descoberta é importante porque destaca a importância biológica do Sudão do Sul e sugere que esta nova nação tem muitas belezas naturais a serem ainda descobertas", disse Matt Rice, diretor da Fauna e Flora International para o Sudão do Sul.


"O Sudão do Sul é um país com muito a oferecer e muito a proteger".




Tradução: Carlos de Castro




Fonte: Daily Mail

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