sábado, 19 de junho de 2010

Lagartas 'se disfarçam' de cobras para assustar predadores

Pesquisadores americanos descobriram que centenas de espécies de lagartas e casulos de borboletas e mariposas apresentam "olhos falsos" na Costa Rica. (Foto: Daniel H. Janzen)


Lagartas encontradas na Costa Rica ‘se disfarçam’ de cobras e de outros animais para amedrontar predadores, segundo um estudo publicado nesta semana pela revista especializada The Proceedings of the National Academy of Sciences.


Os pesquisadores passaram 32 anos estudando as espécies e concluíram que elas evoluíram para escapar de predadores. (Foto: Daniel H. Janzen)


Todas as espécies estudadas vivem em uma área de conservação, em florestas no noroeste da Costa Rica. (Foto: Daniel H. Janzen)

De acordo com o estudo dos pesquisadores Daniel H. Janzen e Winnie Hallwachs, da Universidade da Pensilvânia, e John M. Burns, do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian, centenas de espécies de lagartas e crisálidas de borboletas e mariposas apresentam olhos e escamas falsos, semelhantes aos de cobras e lagartos.


Algumas dessas espécies chegam a "abrir" os olhos falsos quando algum predador, como um pássaro, se aproxima. (Foto: Daniel H. Janzen)


O estudo foi liderado pelos pesquisadores Daniel H. Janzen e Winnie Hallwachs, da Universidade da Pensilvânia, e de John M. Burns, do Museu Nacional de História Natural Smithsonian. (Foto: Daniel H. Janzen)

Segundo os pesquisadores, essas espécies evoluíram para explorar o instinto natural de animais, como os pássaros, de evitar predadores potenciais.

Eles acreditam que, sem tempo para checar se a ameaça é real ou não - sob o risco de ser “comido” se a ameaça for confirmada -, o pássaro foge assim que identifica os olhos ou as escamas.


As conclusões foram publicadas nesta semana pela revista The Proceedings of the National Academy of Sciences. (Foto: Daniel H. Janzen)


Janzen ressaltou para a BBC Brasil a necessidade de se preservar o habitat das espécies para garantir sua sobrevivência. (Foto: Daniel H. Janzen)

A Área de Conservación Guanacaste - onde vivem as espécies - foi toda adquirida com doações. (Foto: Daniel H. Janzen)


Algumas espécies chegam ao ponto de “abrir” os olhos falsos quando o pássaro se aproxima ou de emitir um som semelhante ao de uma cobra.

As espécies foram todas encontradas e catalogadas na Área de Conservacão Guanacaste (ACG), nas florestas do noroeste da Costa Rica, por Jenzen e sua esposa, Hallwachs, nos últimos 32 anos.

Mais de 450 mil espécies foram estudadas na área de quase 124 quilômetros quadrados. O número de espécies apenas nesta região é equivalente ao de todas as espécies de mariposas e borboletas encontradas nos Estados Unidos.


Os pesquisadores planejam comprar mais uma área de 2,76 quilômetros quadrados, para dar continuidade ao projeto. (Foto: Daniel H. Janzen)

O número de espécies encontradas na região de 124 quilômetros quadrados é equivalente ao total de espécies encontradas nos Estados Unidos. (Foto: Daniel H. Janzen)


Toda a área de conservação foi comprada com doações, e Janzen lembra que a única maneira de preservar essas milhares de espécies é preservando seu habitat.

Atualmente, os pesquisadores tentam reunir recursos para comprar uma área de 2,76 quilômetros quadrados em particular.


Fonte: BBC

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