Animal foi equipado com rádio colar com monitoramento via satélite e GPS. Será a primeira onça pintada com essa tecnologia no Brasil.
O felino recebeu um rádio colar equipado com GPS e rastreamento via satélite e, de acordo com técnicos da equipe que coordenou a soltura, será o primeiro animal da espécie monitorado com essa tecnologia.
O diretor do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) Roberto Gonçalves não divulgou o local onde o animal foi libertado.
Segundo ele, estudos genéticos feitos previamente no felino mostraram o local adequado para a soltura.
De acordo com o analista ambiental do Centro Nacional de Conservação de Mamíferos Carnívoros, Peter Crawshaw, que junto com o Imasul deverá monitorar o bicho, explica que a onça é natural de regiões de cerrado e conhecer o habitat dela é fundamental para o sucesso da operação. “O importante é que ela consiga se inteirar na população local de onças”, explica.
Segundo ele, o colar capta a movimentação da onça e encaminha as informações por e-mail para os responsáveis.
Não existem onças monitoradas em conjunto por GPS e satélite. “Isso não tira a necessidade de fazer um monitoramento no local onde ela está”, explica Crawshaw.
A pintada deve estar se aproximando dos dois anos de vida, segundo o analista, e deve estar pronta para procriar em breve. Isso será um dos sinais que a soltura obteve sucesso.
“Esse é um experimento para saber se essa técnica de introdução pode ser empregada e como”, afirma Crawshaw.
De acordo com o analista, o ideal era que a onça tivesse aprendido a sobreviver sozinha durante o crescimento, o que não ocorreu devido ao cativeiro.
Contudo, as fugas mostraram que ela era capaz de sobreviver ao ambiente. “Ela sobreviveu e ganhou peso”, explica.
Fonte: G1
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