terça-feira, 13 de setembro de 2011

Satélite inativo da Nasa vai atingir a Terra ainda este mês

O Upper Atmosphere Research Satellite (UARS)

26 pedaços de detritos, com massa combinada de 500 kg, têm probabilidade de um em 3.200 de atingir pessoas.



Um satélite já inativo da Nasa, levado pela tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) em 1991, irá atingir a Terra ainda este mês com detritos, mais provavelmente aterrissando em algum oceano ou região sem população, afirmaram representantes da agência espacial.

O Upper Atmosphere Research Satellite (UARS) foi ligado em 2005, se juntando às toneladas de lixo espacial que orbitam a Terra.

O satélite de 6,5 toneladas deve voltar ao planeta ao final desse mês, embora os especialistas não saibam precisar quando nem onde.

"A atmosfera muda todos os dias. É impossível dizer como isso irá afetar a sua volta", disse Michael Duncan, vice-líder do departamento de percepção situacional do espaço no Comando Estratégico dos Estados Unidos.

Satélites e corpos rochosos caindo na Terra não são nenhuma novidade. No ano passado, cerca de 400 pequenos pedaços de detritos entraram em nossa atmosfera e puderam ser encontrados.

Partes velhas de foguetes e satélites entram na atmosfera terrestre uma vez por semana. Um grande satélite como o UARS (que tem 10 metros de comprimento e 4,5 metros de diâmetro) volta à Terra uma vez por ano.

A maior parte do UARS vai queimar durante sua entrada na atmosfera, mas até 26 pedaços individuais, de massa combinada de 500 kg, irão sobreviver à queda, afirmou Nicholas Johnson, cientista do Programa de Controle de Detritos em Órbita da Nasa. O maior pedaço esperado, parte da estrutura do satélite, deve pesar 150 kg, acrescentou.

Segundo a Nasa, os detritos muito provavelmente cairão no oceano ou em áreas não habitadas. A órbita do satélite passa por grande parte do planeta, desde o norte do Canadá até parte do sul da América do Sul.

A probabilidade de que alguém seja atingido pelos detritos é de um em 3.200, afirmou a agência espacial.

Devido ao seu grande tamanho, a entrada na atmosfera do satélite será visível, caso haja alguém por perto.



Fonte: Estadão

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