quinta-feira, 30 de março de 2017

Ratos infestaram assentamentos humanos há 15.000 anos



Os ratos começaram a infestar os assentamentos humanos há cerca de 15.000 anos no Oriente Médio, revelou um estudo publicado esta segunda-feira, que sugere que estes pequenos roedores corriam por baixo dos pés dos humanos muito antes do que se pensava.


Conforme os caçadores começaram a se estabelecer, em vez de continuar como nômades, os ratos domésticos se tornaram mais numerosos, diferenciando-se dos roedores selvagens do seu tipo, segundo o estudo publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).


"A pesquisa oferece a primeira evidência de que há 15.000 anos os humanos estiveram vivendo em um lugar por tempo suficiente para impactar nas comunidades animais locais, o que resultou na presença dominante dos ratos domésticos", disse a coautora do estudo Fiona Marshall, professora de antropologia da Universidade de Washington, em St. Louis.


Pesquisas anteriores apontaram que o desenvolvimento da agricultura foi o ponto de partida para transformar as relações dos humanos com o mundo dos animais, em particular com pequenos mamíferos como os ratos.


Mas este estudo sugere que "as raízes da domesticação animal remontam ao sedentarismo humano milhares de anos antes do que há muito é considerado o alvorecer da agricultura", disse Marshall.


Nas populações de caçadores na região leste do Mediterrâneo, os ratos domésticos foram comuns mais de 3.000 anos antes das primeiras evidências conhecidas da agricultura, indicam as descobertas.
Quando os caçadores se estabeleciam em um lugar, proporcionavam abrigo e acesso regular a migalhas e restos de comida.


Os ratos teriam aprendido a se alimentar disto, marcando a primeira fase da domesticação.


As pesquisas se concentraram no antigo local de caçadores-coletores de Natufian no Vale do Jordão, em Israel, onde as escavações mostraram uma proporção oscilante de ratos domésticos e de ratos selvagens durante diferentes períodos pré-históricos.


Os cientistas analisaram as variações nas formas molares dos dentes de ratos fossilizados que remontam a 200.000 anos.




Fonte: Yahoo!

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