sexta-feira, 24 de abril de 2009

DESCOBREM NO VALE DO INDO UMA LÍNGUA AINDA INDECIFRÁVEL


Para decifrá-la, seria necessário o equivalente à famosa Pedra de Roseta, o elemento-chave que permitiu que os estudiosos compreendessem os hieróglifos egípcios.

Os símbolos encontrados em azulejos e objetos da civilização que habitava o vale há mais de 4.000 anos, é o código de uma língua indecifrável, sugere um estudo de matemática e informática feito por cientistas indianos e americanos.

Estes símbolos encontrados em pequenos selos (pedras planas), amuletos, e placas de cerâmica, permanecem um mistério, e muitos especialistas têm questionado que se trate de uma linguagem e alegam que são simples pictogramas religiosos ou políticos.

"Para decifrá-los, teríamos que ter o equivalente à famosa Pedra de Roseta, o elemento-chave que permitiu aos estudiosos a compreensão dos hieróglifos egípcios", disse o cientista da Universidade de Washington Rajesh Rao, o autor principal de um estudo publicado na revista Science.

A equipe Indo-Americana realizou um estudo estatístico no computador que comparou a sequência de símbolos conhecidos como "Escrita Indo " - com diversas expressões linguísticas, desde o inglês moderno até o antigo sânscrito, e sistemas não linguísticos .

"Neste ponto, podemos dizer que a Escrita do Indo parece estar em concomitância estatística com a linguagem natural", disse Rajesh Rao, cientista da Universidade de Washington e autor do estudo.

A Escrita do Indo é conhecida há quase 130 anos ", mas apesar das mais de 100 tentativas ainda não foi decifrada, no entanto, se assumiu sempre que codifica uma linguagem", disse Rao.

Os povos do Indo foram contemporâneos das civilizações mesopotâmica e egípcia, habitaram o vale do rio Indo no que é hoje o noroeste da Índia e o Paquistão Oriental, há cerca de 2.600 a 1.900 a.C. Agora, Rao tem esperanças de chegar ainda mais longe no estudo da escrita para decifrar o código.

"No momento queremos analisar a estrutura e a sintaxe da escrita para deduzir suas regras gramaticais", disse ele.

O cientista espera que esta informação ajude a decifrar a linguagem, se surgir um equivalente da Pedra de Roseta.


Fonte: Terra Chile

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