quarta-feira, 17 de junho de 2009

Um neanderthal sob as águas do Mar do Norte



As águas geladas do Mar do Norte escondem restos de Neandertais que viveram entre 30.000 e 60.000 anos.

O fóssil
de um fragmento do crânio de um indivíduo, jovem adulto desta espécie extinta, revelou que os ossos humanos também se preservam submersos durante dezenas de milhares de anos, e guardam segredos que podem ajudar a saber como se moveram nossos parentes.

A descoberta teve lugar na costa holandesa em uma área conhecida como Zeeland Ridges. Na Idade do Gelo, a cerca de 500.000 anos atrás, esta era uma área seca, com rios, vales e lagos, onde habitavam grandes manadas de mamutes lanudos, rinocerontes lanudos, renas e cavalos.

De fato, o fóssil foi encontrado entre os restos de outros animais e utensílios, tais como pedras de 60.000 anos atrás, quando se dragava o fundo a 15 quilômetros da costa holandesa.

Se trata de um fragmento da parte frontal e supraorbital do crânio, um osso fácil de identificar nos Neandertais.

O Professor Jean-Jacques Hublin do Instituto Max Planck, da Alemanha, foi o responsável pela confirmação de que era um neandertal.

A análise química dos isótopos quimicos revelou que era um
carnívoro total. Não se pôde fazer a datação de carbono do fóssil, para isso o colágeno, deve estar preservado, segundo Hublin, e havia pouco colágeno no osso.

Chris Stringer do Museu de História Natural de Londres que participou deste trabalho, está convencido de que nas profundezas do Mar do Norte há um tesouro do passado ", e seria maravilhoso poder ter a tecnologia para procura-lo."


Fonte: El Mundo

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