sábado, 12 de setembro de 2009

As figuras geométricas descobertas pelos arqueólogos no Acre




As queimadas no norte do país destruíram 11% das florestas do Acre. Quase dois milhões de hectares de mata foram transformados em pastos para criação de gado.

A ironia é que foi a devastação que permitiu a descoberta de um tesouro arqueológico escondido sob a vegetação.

Para ver melhor essas estruturas imensas que os arqueólogos chamam de Geoglifos, só mesmo de avião.

A maioria são círculos e quadrados. O maior tem 350 metros de cada lado. Este foi cortado pela estrada.





Aqui, a casa foi construída dentro de um grande círculo. A mais impressionante é uma figura de oito lados praticamente iguais.



O peão ficou espantado quando soube que essas valas de quatro metros de profundidade, no meio do pasto, tem mais de mil anos. "Tem um negócio curioso, nunca enche de água, pode chover o inverno tudo, que continua tudo seco".

Segundo os pesquisadores, as valetas serviam para defender povoados permanentes onde morava muita gente.

"Um dos cálculos que se tem é que talvez a mil anos eles habitaram toda essa região. Na época talvez tivéssemos tantos habitantes a mil anos no Acre do que temos hoje", afirma o paleontólogo, Alceu Ranzi.

Nas escavações os arqueólogos encontraram cerâmica e machados de pedra. Como no Acre não existe rocha desse tipo, os arqueólogos acreditam que os construtores dos Geoglifos comercializavam com povos da Cordilheira dos Andes, como os Incas, mestres na arte de entalhar pedra.






O formato e a quantidade de Geoglifos são tão impressionantes, que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pediu a Unesco, que eles fossem reconhecidos como patrimônio histórico da humanidade.

"Nos vamos ter maior capacidade e financiamento para o desenvolvimento de pesquisas nessa área e principalmente teremos mais condições de conhecer o passado de ocupação da Amazônia nos teremos mais possibilidades para preservá-la".



Enquanto aguarda a decisão da Unesco, o estado busca outras formas para identificar e proteger os sítios arqueológicos e de aproveitar o potencial turístico desse mistério sobre o passado da Amazônia.


Fonte: globo.com

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