Com o desenvolvimento tecnológico, o conhecimento em física e química, principalmente, em expansão e cada vez mais acessível às pessoas, a aparição de discos voadores e ET’s se populariza.
Neste cenário de
avanço silencioso é que mais pessoas não iniciadas passam a se
interessar e a estudar juntamente com ufólogos com seriedade o fenômeno
UFO aparição de discos voadores. Inclusive pessoas que não acreditam
buscam embasar sua argumentação para contrapor no debate.
No Dia Internacional do Disco Voador, comemorado hoje, o JC constata
que mais pessoas realmente estão olhando com atenção máxima para todos
os lados e para o céu, que em Bauru e região propicia excepcional
visibilidade, além de muitos fenômenos intrigantes.
O JC recupera imagens trazidas por leitores que mantêm a saudável
dúvida de que há alguma coisa no céu. Na outra ponta, não é fácil
convencer as pessoas a falar do assunto. Mesmo quem integra organizações
voltadas para pesquisa demonstra aversão à publicidade jornalística por
temer ser alvo de chacotas.
Por sátira ou não, algumas pessoas gostam de ler, assistir e ver
matérias e vídeos que satirizem a crença em ET’s e Objetos Voadores Não
Identificados (Ovnis).
Enquanto alguns brincam com o assunto, o tema é
para outros de extrema seriedade. A polêmica mais recente em torno do
Fenômeno UFO relaciona-se a um suposto arquivo de documentos considerado
secreto e produzido por setores da Aeronáutica relatando casos de UFOs.
Informações
O tema “disco voador e ET” seduz independentemente da indefinição em
torno da veracidade em relação ao fenômeno UFO.
O bauruense Paulo
Rafael de Mira Cabello, 23 anos, investiu em conhecimento sobre ufologia
mergulhando na temática. Depois de dois anos, ele trafega com
desenvoltura em palestras e debates coordenados por especialistas.
Ele cita que acompanhou o 1º Congresso Brasileiro de Ufologia em
Cubatão (SP), de 15 a 17 de junho deste ano, com as presenças
internacionais de Stephen Bassett (EUA) e do coronel Ariel Sánchez
(Uruguai). Os eventos brasileiros costumam ser promovidos ou ter
cobertura da Revista Brasileira de Ufologia (UFO).
Paulo Rafael foi estimulado pelo seriado Arquivo X, do qual confessa
integrar a legião de fãs. A temática do seriado levou o bauruense para o
estudo do assunto, com leituras quase que diárias em revistas e sites
especializados, além de livros.
Para não pagar mico, Paulo Rafael é precavido e recomenda a quem deseja
se iniciar no campo da ufologia que busque informação que tenha fonte.
Ele sugere consultas a revistas, livros e portais especializados, porém
aqueles que tenham o histórico de mencionar fontes; instrução, função e
contato do redator.
Ele define que o mais importante é investigar junto à
especialistas os casos, em busca de seu desfecho. Ou mesmo verificar o
mínimo de autenticidade da matéria antes de copiá-la do site. Paulo
Rafael atenta para o fato de que a distribuição de fenômenos forjados
via internet é cada vez mais comum.
No meio são tratados como hoaxes que
é embuste na tradução literal ou farsa. Embora configurem como provas
da existência que, concordo, são irrefutáveis, de Ovnis (Objetos
Voadores Não Identificados, UFO em Inglês), os vídeos e fotos devem ser
bem estudados antes de tê-los como autênticos.”
Com o avanço da
tecnologia, as histórias falsas recebidas por e-mail, sites de
relacionamentos e na internet em geral são cada vez mais comuns.
“O que,
de outra forma, reforça evidências de casos clássicos na ufologia
mundial, quando as falsificações eram mais grosseiras”, argumenta.
Caso escabroso na região
Na metade da década de 90, se ouviu em Bauru um estrondo pavoroso, em
um sábado por volta de meia-noite, na direção do município de Jaú.
Imediatamente, uma equipe de reportagem do JC se dirigiu ao município de
Boa Esperança do Sul, região de Araraquara. Para a surpresa da
reportagem, na chegada o local já estava tomado pelas Forças Armadas.
Um relato de uma testemunha que esteve no local, relembra que o
canavial ficava próximo do cemitério de Bocaina.
O lugar apresentava a
plantação de cana de açúcar tombada em uma extensão de aproximadamente
40 metros. O que intrigou a testemunha é que, paralelo ao rastro da
plantação caída, havia uma faixa estreita de cana intocada e também
paralela a uma estrada de terra.
Segundo o depoimento ao JC, os militares solicitaram que a reportagem
fosse embora porque se trataria de “segredo de Estado.
Em Boa Esperança
do Sul, um homem que colhia laranja comentou que estremeceu sua casa e
janelas estilhaçaram.
Avistamento
Paulo Rafael não presenciou nenhum fenômeno UFO. Mas já me apontaram
‘aviões’ em movimento suspeito, pontua.
Ele relata a experiência vivida
por uma amiga que pode ter vivenciado um fenômeno. De acordo com o
relato, ela saía à noite da faculdade e parou o carro no Jardim Araruna
para observar um objeto de formato triangular com uma espécie de cauda
na bifurcação.
Quando a moça olhou para a rua, onde não havia mais ninguém, se deparou
com uma pessoa, de semblante bem sério e que a observava fixamente.
Conforme o relato de Paulo, com medo, sua amiga retomou seu trajeto e
não comentou o ocorrido com ninguém por alguns dias. Ele comenta que
suas infinitas horas de estudo a respeito do tema não foram suficientes
para ajudar a amiga na compreensão daquele fenômeno.
O que mostra como é
ampla a casuística ufológica. E o fato de terem se passados não só
horas, como dias do avistamento, impossibilitava o retorno ao local e
dificultava a busca por mais testemunhas.”
No entendimento dele, os avistamentos podem e devem ser relatados para
especialistas. Quando da ausência de foto ou vídeo pode ser produzida
uma ilustração do que se viu.
Ele comenta que, a partir daí, é que se
buscará o relato de mais pessoas da mesma cidade ou região. Será
avaliada a possibilidade de serem conhecidos entre si, e questionada,
junto aos controladores do tráfego aéreo e autoridades, se há
conhecimento ou explicação para a ocorrência, acrescenta.
O estudo de campo é a etapa que realmente diferencia um ufófilo
admirador do tema de um ufólogo. Envolve situações que exigem um mínimo
de experiência no assunto.
Discussão
Paulo Rafael avalia que na ufologia o desfecho de uma história
representa o “começo” de toda a discussão.
Ele acrescenta que cada caso é
analisado por cientistas que desmontam as provas físicas. São
mobilizados especialistas em computação gráfica, para o desmascaramento
de fotos e vídeos forjados.
Também são mobilizados controladores de voo e
meteorologistas, que distinguem os voos comerciais e balões de
verdadeiros Ovnis. “Além de testemunhas de avistamentos e vítimas de
perseguição e abdução, que são de toda sorte de profissões. Como é
possível ver, a Ufologia é uma ciência”, garante.
Rafael frisa que o “filtro” adotado por ufólogos vai além com uma mesma
testemunha sendo avaliada em testes psicológicos e regressões
hipnóticas.
Também é feita filtragem de lendas populares típicas à
região, escolaridade da testemunha e possibilidade de histeria coletiva.
Na análise de perfil é averiguado, ainda, o histórico familiar e grau
de desejo de exposição da testemunha. “Para eliminar farsas que visem
mídia e confronto da versão nas diferentes vezes em que foi relatada,
por diferentes ou a mesma pessoa”, acrescenta.
“Quero provas”, desafia estudioso
O bauruense Luciano Fazzami Bortotto, 36 anos, refuta a existência do
fenômeno UFO e de extraterrestres. Ele é teólogo, com especialização em
seitas e heresias, pastor, pesquisador de fenômenos e também médico
veterinário.
Disco voador de outro planeta eu não acredito. Isso é impossível. Eu desafio alguém a me provar que exista, define Bortotto.
Ele costuma entrar em bate-papos interessantes com amigos que acreditam
ou têm propensão a crer em discos voadores.
Em uma das recentes
publicações de foto pelo JC, feita por uma moradora, surgiu a imagem do
que se imaginou ser um Objeto Voador Não Identificado (Ovni).
Ele não se
recorda bem da data da publicação, porém se recorda da polêmica com os
amigos. Eu queria provar para eles que era uma farsa.
Lembrei que
conhecia um pessoal do JC e que, se conseguisse a fonte, teria como
averiguar se era verídico ou não. Acabei falando com ela, mas acabei nem
indo atrás. Guardei a matéria, relembra.
Bortotto avalia que a imagem poderia ser um meteorito, um balão
meteorológico, lixo espacial entre várias possibilidades, descartando-se
um Ovni. Quando a gente fala em disco voador não vale esses projetos
ousados que a Nasa tem, argumenta.
Fonte: JCNET
Fonte: JCNET
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