domingo, 24 de junho de 2012

Fenômeno UFO amplia o mistério



Com o desenvolvimento tecnológico, o conhecimento em física e química, principalmente, em expansão e cada vez mais acessível às pessoas, a aparição de discos voadores e ET’s se populariza. 


Neste cenário de avanço silencioso é que mais pessoas não iniciadas passam a se interessar e a estudar juntamente com ufólogos com seriedade o fenômeno UFO aparição de discos voadores. Inclusive pessoas que não acreditam buscam embasar sua argumentação para contrapor no debate.

No Dia Internacional do Disco Voador, comemorado hoje, o JC constata que mais pessoas realmente estão olhando com atenção máxima para todos os lados e para o céu, que em Bauru e região propicia excepcional visibilidade, além de muitos fenômenos intrigantes.


O JC recupera imagens trazidas por leitores que mantêm a saudável dúvida de que há alguma coisa no céu. Na outra ponta, não é fácil convencer as pessoas a falar do assunto. Mesmo quem integra organizações voltadas para pesquisa demonstra aversão à publicidade jornalística por temer ser alvo de chacotas.


Por sátira ou não, algumas pessoas gostam de ler, assistir e ver matérias e vídeos que satirizem a crença em ET’s e Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis). 


Enquanto alguns brincam com o assunto, o tema é para outros de extrema seriedade.  A polêmica mais recente em torno do Fenômeno UFO relaciona-se a um suposto arquivo de documentos considerado secreto e produzido por setores da Aeronáutica relatando casos de UFOs.


Informações



O tema “disco voador e ET” seduz independentemente da indefinição em torno da veracidade em relação ao fenômeno UFO.  


O bauruense Paulo Rafael de Mira Cabello, 23 anos, investiu em conhecimento sobre ufologia mergulhando na temática. Depois de dois anos, ele trafega com desenvoltura em palestras e debates coordenados por especialistas.


Ele cita que acompanhou o  1º Congresso Brasileiro de Ufologia em Cubatão (SP), de 15 a 17 de junho deste ano, com as presenças internacionais de Stephen Bassett (EUA) e do coronel Ariel Sánchez (Uruguai). Os eventos brasileiros costumam ser promovidos ou ter cobertura da Revista Brasileira de Ufologia (UFO).


Paulo Rafael foi estimulado pelo seriado Arquivo X, do qual confessa integrar a legião de fãs. A temática do seriado levou o bauruense para o estudo do assunto, com leituras quase que diárias em revistas e sites especializados, além de livros.


Para não pagar mico, Paulo Rafael é precavido e recomenda a quem deseja se iniciar no campo da ufologia que busque informação que tenha fonte. 


Ele sugere consultas a revistas, livros e portais especializados, porém aqueles que tenham o histórico de mencionar fontes; instrução, função e contato do redator. 


Ele define que o mais importante é investigar junto à especialistas os casos, em busca de seu desfecho. Ou mesmo verificar o mínimo de autenticidade da matéria antes de copiá-la do site. Paulo Rafael atenta para o fato de que a distribuição de fenômenos forjados via internet é cada vez mais comum. 


No meio são tratados como hoaxes que é embuste na tradução literal ou farsa.  Embora configurem como provas da existência que, concordo, são irrefutáveis, de Ovnis (Objetos Voadores Não Identificados, UFO em Inglês), os vídeos e fotos devem ser bem estudados antes de tê-los como autênticos.” 


Com o avanço da tecnologia, as histórias falsas recebidas por e-mail, sites de relacionamentos e na internet em geral são cada vez mais comuns. 


“O que, de outra forma, reforça evidências de casos clássicos na ufologia mundial, quando as falsificações eram mais grosseiras”, argumenta.


Caso escabroso na região


Na metade da década de 90, se ouviu em Bauru um estrondo pavoroso, em um sábado por volta de meia-noite, na direção do município de Jaú. 


Imediatamente, uma equipe de reportagem do JC se dirigiu ao município de Boa Esperança do Sul, região de Araraquara. Para a surpresa da reportagem, na chegada o local já estava tomado pelas Forças Armadas.


Um relato de uma testemunha que esteve no local, relembra que o canavial ficava próximo do cemitério de Bocaina. 


O lugar apresentava a plantação de cana de açúcar tombada em uma extensão de aproximadamente 40 metros. O que intrigou a testemunha é que, paralelo ao rastro da plantação caída, havia uma faixa estreita de cana intocada e também paralela a uma estrada de terra.


Segundo o depoimento ao JC, os militares solicitaram que a reportagem fosse embora porque se trataria de “segredo de Estado. 


Em Boa Esperança do Sul, um homem que colhia laranja comentou que estremeceu sua casa e janelas estilhaçaram.

Avistamento



Paulo Rafael não presenciou nenhum fenômeno UFO. Mas já me apontaram ‘aviões’ em movimento suspeito, pontua.  



Ele relata a experiência vivida por uma amiga que pode ter vivenciado um fenômeno. De acordo com o relato, ela saía à noite da faculdade e parou o carro no Jardim Araruna para observar um objeto de formato triangular com uma espécie de cauda na bifurcação.


Quando a moça olhou para a rua, onde não havia mais ninguém, se deparou com uma pessoa, de semblante bem sério e que a observava fixamente. 


Conforme o relato de Paulo, com medo, sua amiga retomou seu trajeto e não comentou o ocorrido com ninguém por alguns dias. Ele comenta que suas infinitas horas de estudo a respeito do tema não foram suficientes para ajudar a amiga na compreensão daquele fenômeno. 


O que mostra como é ampla a casuística ufológica. E o fato de terem se passados não só horas, como dias do avistamento, impossibilitava o retorno ao local e dificultava a busca por mais testemunhas.”


No entendimento dele, os avistamentos podem e devem ser relatados para especialistas. Quando da ausência de foto ou vídeo pode ser produzida uma ilustração do que se viu. 



Ele comenta que, a partir daí, é que se buscará o relato de mais pessoas da mesma cidade ou região. Será avaliada a possibilidade de serem conhecidos entre si, e questionada, junto aos controladores do tráfego aéreo e autoridades, se há conhecimento ou explicação para a ocorrência, acrescenta.


O estudo de campo é a etapa que realmente diferencia um ufófilo admirador do tema de um ufólogo. Envolve situações que exigem um mínimo de experiência no assunto.

Discussão


Paulo Rafael avalia que na ufologia o desfecho de uma história representa o “começo” de toda a discussão. 


Ele acrescenta que cada caso é analisado por cientistas que desmontam as provas físicas. São mobilizados especialistas em computação gráfica, para o desmascaramento de fotos e vídeos forjados. 


Também são mobilizados controladores de voo e meteorologistas, que distinguem os voos comerciais e balões de verdadeiros Ovnis. “Além de testemunhas de avistamentos e vítimas de perseguição e abdução, que são de toda sorte de profissões. Como é possível ver, a Ufologia é uma ciência”, garante.


Rafael frisa que o “filtro” adotado por ufólogos vai além com uma mesma testemunha sendo avaliada em testes psicológicos e regressões hipnóticas. 



Também é feita filtragem de lendas populares típicas à região, escolaridade da testemunha e possibilidade de histeria coletiva. 



Na análise de perfil é averiguado, ainda, o histórico familiar e grau de desejo de exposição da testemunha. “Para eliminar farsas que visem mídia e confronto da versão nas diferentes vezes em que foi relatada, por diferentes ou a mesma pessoa”, acrescenta.


“Quero provas”, desafia estudioso


 O bauruense Luciano Fazzami Bortotto, 36 anos, refuta a existência do fenômeno UFO e de extraterrestres. Ele é teólogo, com especialização em seitas e heresias, pastor, pesquisador de fenômenos e também médico veterinário.


Disco voador de outro planeta eu não acredito. Isso é impossível. Eu desafio alguém a me provar que exista, define Bortotto.


Ele costuma entrar em bate-papos interessantes com amigos que acreditam ou têm propensão a crer em discos voadores. 



Em uma das recentes publicações de foto pelo JC, feita por uma moradora, surgiu a imagem do que se imaginou ser um Objeto Voador Não Identificado (Ovni). 



Ele não se recorda bem da data da publicação, porém se recorda da polêmica com os amigos. Eu queria provar para eles que era uma farsa. 



Lembrei que conhecia um pessoal do JC e que, se conseguisse a fonte, teria como averiguar se era verídico ou não. Acabei falando com ela, mas acabei nem indo atrás. Guardei a matéria, relembra.


Bortotto avalia que a imagem poderia ser um meteorito, um balão meteorológico, lixo espacial entre várias possibilidades, descartando-se um Ovni. Quando a gente fala em disco voador não vale esses projetos ousados que a Nasa tem, argumenta.




Fonte: JCNET

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