quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O retorno do chupa-cabra




O misterioso chupa-cabra resolveu sair da sombra, depois de um longo período tranquilo, e recomeçar as suas matanças sangrentas. 
 
 
Poderá ter sido o calor do verão a provocar esse efeito na sua mente instável, ou terá sido a fome impiedosa a impeli-lo a largar a inatividade no seu covil da floresta.
 
 
Desta vez, o seu reaparecimento foi registrado em dois locais de forma praticamente simultânea: na região de Perm, na Rússia, e no distrito de Vitebsk, na Bielorrússia. 


Tudo decorreu de acordo com o cenário típico: os donos deixaram à noite os seus coelhos perfeitamente saudáveis no celeiro, mas de manhã encontraram-nos mortos com os pescoços perfurados.


Mas quem é que, afinal, ataca de noite os animais indefesos chupando o seu sangue? Os habitantes da região de Perm estão convencidos que isto é obra de uma matilha de cachorros sem dono, eles não acreditam em chupa-cabras. 


Mas, nesse caso, não se compreende porque não tocam os cachorros nas carcaças dos coelhos? Como é que eles matam a fome? 


Mas se se trata de cachorros, porque é que os cães de guarda dos donos não os sentem? Em qualquer caso, neste momento os habitantes locais podem apenas especular sobre as verdadeiras razões do que acontece nos seus quintais depois do cair da noite.



Já os habitantes do distrito de Vitebsk foram muito mais expeditos e conseguiram apanhar o furtivo chupa-cabra. Pelas suas características, o mítico monstro era muito parecido com um exemplar jovem de cão-guaxinim. 


Ele não possuía umas dimensões muito impressionantes e era praticamente desprovido de pelo, exceto na zona do tórax.


Os habitantes locais afirmam que o chupa-cabra que apanharam não era o único do gênero: eles viram pelo menos três representantes dessa “espécie”, sendo o animal morto o mais pequeno de todos.


O cadáver do chupa-cabra foi imediatamente transportado para a clínica veterinária local, onde o animal estranho foi exaustivamente examinado. 


Porém, o médico-veterinário principal do concelho de Dokshitsky, distrito de Vitebsk, Ales Soloviov, não pode afirmar categoricamente que animal é este. Esta foi a primeira vez que ele viu algo semelhante em muitos anos de prática.


A captura do chupa-cabra teve um grande eco na sociedade bielorrussa. Alexander Kozulin, mestre em ciências biológicas e responsável pelo setor de cooperação internacional e acompanhamento científico das convenções de proteção da natureza do Centro Prático-Científico para os Recursos Biológicos, da Academia Nacional de Ciências da Bielorrússia, declarou num encontro com representantes da mídia:

“Realmente, o animal morto no concelho de Dokshitsky possui todas as características do cão-guaxinim. Os cães-guaxinim nascem sem pelo, este vai aparecendo com o tempo. Pensamos que o “chupa-cabra” morto nem teria um ano.”


Quanto aos restantes exemplares que aterrorizam o distrito de Vitebsk, a caça continua, e os fazendeiros locais são aconselhados a fechar melhor os celeiros durante a noite.


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