Segundo pesquisadores do Projeto Genográfico, um estudo que mapeia a história da migração da espécie humana através de DNA, a divisão na África resultou em distintas populações, que viveram isoladas por até cerca de 100 mil anos.
Este seria o período mais longo que uma população humana moderna teria vivido isolada de outra.
No entanto, outros pesquisadores acham que é muito cedo para uma reconstrução da história na África. Eles acreditam que outras informações precisariam ser adicionadas aos dados encontrados.
No período da divisão, há cerca de 150 mil anos, nossa espécie, a Homo sapiens, ainda era confinada no continente africano.
A pesquisa foi publicada nesta semana na revista científica American Journal of Human Genetics.
Análise de DNA
As últimas conclusões são baseadas em análises do DNA mitocondrial da atual população africana. Este tipo de DNA é o material genético armazenado na mitocôndria, que é passado da mãe para os seus descendentes, fornecendo um único registro de herança maternal.
Embora a população atual carregue sinais da antiga divisão no seu DNA, os africanos de hoje são parte de uma única população.
Os pesquisadores juntaram a "árvore genealógica" de diferentes agrupamentos de DNA mitocondriais encontrados na África.
Em um lado da divisão estão as linhagens mitocondriais agora encontradas predominantemente no leste e oeste da África, e todas as linhagens maternais encontradas fora da África.
No outro lado estão as linhagens predominantemente encontradas nos Khoisan, população do sul da África.
Segundo cientistas, muitos africanos de hoje são a mistura das duas divisões. O mais provável é que as duas populações seguiam caminhos separados até cerca de 40 mil anos atrás.
Esta divergência poderia ser relacionada à mudança climática, já que estudos de dados climáticos sugerem que a África oriental sofreu um período de fortes secas entre 135 mil e 90 mil anos atrás.
Fonte: BBC
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