De acordo com os pesquisadores Frederic Macombat e Dock Mol, a peça está bem preservada e poderá ajudar especialistas a entender melhor as etapas da evolução do animal, extinto há cerca de 8 mil anos.
O crânio teria pertencido a um mamute-da-estepe macho, espécie que habitou a Terra há cerca de 400 mil anos, durante a idade Pleistocena Média.
Segundo os especialistas, até hoje foram encontrados vários dentes de mamutes-da-estepe, mas apenas um punhado de esqueletos havia sido desenterrado e, nestes casos, o crânio raramente foi achado intacto.
O animal tinha cerca de 35 anos quando morreu e media 3,7 metros de altura, segundo estimativas dos pesquisadores.
'Elo perdido'
O mamute-da-estepe é vital para entender as etapas da evolução dos mamutes. A espécie representa a fase de transição entre o mamute meridional ou ancestral e o mamute lanudo.
“A espécie é muito importante porque não sabemos muito sobre a idade Pleistocena Média”, disse Mol, do Museu de História Natural de Roterdã, na Holanda, em entrevista à BBC News.
“Vários sedimentos sofreram erosão e não conhecemos muitas localidades onde podemos descobrir novos fósseis. Precisamos encontrar o que chamamos de 'o elo perdido'”, na evolução do mamute.
O mamute meridional teria vivido em savanas e se alimentado de frutos de árvores e arbustos. Já os dentes molares encontrados no mamute-da-estepe e no lanudo indicam que estas espécies estavam adaptadas ao pasto.
Os pesquisadores agora devem transportar o crânio em um caminhão para o museu Crozatier, perto de Auvergne, onde a descoberta foi feita.
Fonte: BBC
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