Isto mostra que a mutação genética que define o grupo O era compartilhada por Neandertais (Homo neanderthalensis) e por seres humanos modernos (Homo sapiens), e que se deu certamente pela primeira vez em um ancestral comum.
A outra novidade do estudo, publicado na revista BMC Evolutionary Biology, é que "este seria o primeiro gene encontrado em Neandertais que pode estar associado a resistência às doenças", diz Antonio Rosas, paleobiólogo do CSIC e co-autor do estudo.
Mais resistente a algumas doenças
A explicação é que os indivíduos do grupo O carecem de antígenos na membrana de seus glóbulos vermelhos. Isto poderia significar uma maior resistência a algumas doenças, pois existem agentes patogênicos que usam esses antígenos para reconhecer as células que irão infectar.
Carlos Lalueza, primeiro autor do artigo, que será publicado esta semana, diz que "o fato de alguns Neandertais serem do grupo O, poderia indicar que estavam adaptados a algum patógeno que entraram em contato durante a sua longa permanencia na Eurásia."
Um projeto europeu
O Sidrón participa do projeto Genoma Neanderthal dirigido por Svante Pääbo da Sociedade Max Planck da Alemanha, e que tem como objetivo decifrar o genoma completo da espécie que se separou da linhagem dos seres humanos modernos por pelo menos meio milhão de anos.
O motivo é devido ao protocolo seguido por quem trabalha nesta escavação arqueológica para extrair e manipular os ossos fósseis de maneira limpa, para que não sejam contaminados por DNA moderno, procedente dos próprios escavadores e investigadores.
Fonte: El País
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