Estudo publicado nesta quarta-feira pela revista britânica "Nature" mostra que a maior de nossas galáxias vizinhas, a de Andrômeda, cresce por "canibalismo". Isso confirma modelo de crescimento hierárquico das galáxias.
A descoberta foi feita ao analisar restos de galáxias anãs absorvidas ou desmembradas por ela.
"Detectamos estrelas e estruturas que são, quase com toda a certeza, restos de galáxias anãs destruídas pelos efeitos das marés de M31 [como também é conhecida a galáxia de Andrômeda]", explicou a equipe de Alan McConnachie, do Instituto de Astrofísica NRC Herzberg de Victoria, Canadá.
A equipe internacional de astrônomos utilizou um telescópio compartilhado por Canadá, França e Havaí para observar os arredores dessa galáxia, situada a 2,5 milhões de anos-luz da Via Láctea --1 ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros.
Em uma ampla zona ao redor do disco conhecido de Andrômeda, os astrônomos descobriram estrelas que não puderam se formar por falta de densidade suficiente de gás.
Daí a ideia de que sua origem sejam galáxias anãs absorvidas por Andrômeda, muitas delas ainda por detectar.
Galáxia do Triângulo: uma das vítimas "devoradas"
A Galáxia do Triângulo é uma das vítimas "devoradas". Cercada por uma estrutura estelar "que é a prova de um recente encontro com a M31", milhões de suas estrelas foram sendo jogadas para fora.
Calcula-se que este encontro tenha acontecido há alguns bilhões de anos, quando o Triângulo, uma pequena galáxia de 2 bilhões de estrelas, se aproximou a "apenas" 130 mil anos-luz da gigante Andrômeda, galáxia com 100 bilhões de estrelas.
Fonte: Folha Online
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