segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

René Descartes não teria morrido de pneumonia, mas envenenado com uma hóstia


Uma nova teoria universitária questiona a causa mortis de um dos maiores filósofos e matemáticos de todos os tempos. René Descartes não teria morrido de pneumonia, mas envenenado com uma hóstia por um padre católico, François Viogué.

A polêmica foi levantada pelo universitário alemão Theodor Ebert no seu estudo
Der rätselhafte Tod des René Descartes ("A morte misteriosa de René Descartes", livre tradução). De acordo com a versão oficial, Descartes morreu de pneumonia durante uma visita à rainha sueca em Estolcomo, em 1650.

Mas Ebert voltou aos arquivos da época para desenterrar informações acerca da morte do filósofo. Segundo ele, os sintomas da morte - vertigens, dor de estômago e sangramento na urina - vêm de uma hóstia que continha arsênico.


Mas por que o padre mataria Descartes? Por razões religiosas, sustenta a teoria. Em 1648, o padre informou seus superiores no Vaticano que a rainha Christine, protestante, era suscetível de se converter ao cristianismo.

Ebert explica que Descartes não concordava totalmente com os dogmas católicos. A própria transubstanciação (princípio no qual o corpo de Cristo é ingerido através da hóstia e seu sangue através do vinho) era incompatível com o pensamento do filósofo.

Assim, o padre teria visto em Descartes um obstáculo à conversão da rainha, que finalmente abandonou a coroa e se converteu ao catoliscismo.

Ebert sustenta sua teoria através de correspondências entre a rainha sueca e o embaixador francês em Estolcomo. Descoberta incrível ou sensacionalismo?



Tradução: Thiago Mattos


Fonte: Le Figaro via Sangue de Barata



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