As "aquisições" podem estar ligadas a um gene chamado Agouti, que, segundo a equipe, determina os padrões de cor em uma espécie de camundongos muito comum na América do Norte.
O gene, encontrado em todos os vertebrados, pode ser o determinante da cor em uma ampla variedade de espécies. Este processo, no entanto, ainda é pouco compreendido, tanto no nível molecular quanto no evolutivo.
- Pela coloração simples de camundongos, que têm um dorso escuro e uma barriga mais clara, mostramos que pequenas mudanças na atividade de um único gene de pigmentação em embriões gera grandes diferenças no padrão de coloração de um adulto - explicou Marie Manceau, pesquisadora do Departamento de Organísmica e Evolução de Harvard e coautora de um artigo sobre a pesquisa, que será publicado na edição desta sexta-feira da revista "Science".
Marie e sua equipe descobriram que o padrão de coloração desses camundongos é baseado na forma como o Agouti se expressa num "pré-padrão" embrionário.
No animal que estudaram, isso acontece no meio da gestação - apenas 12 dias após a concepção, bem antes dos primeiros pigmentos serem produzidos na pele.
Mudanças sutis na atividade embrionária do gene, portanto, podem fazer uma profunda diferença na distribuição dos pigmentos por todo o corpo.
- É difícil não especular que o Agouti tenha um papel na geração de padrões mais complexos, que vão de pintas a listras, em vários vertebrados - assinala Hopi E. Hoekstra, coautor do artigo.
Marie e Hoekstra, agora, pretendem continuar pesquisando a base molecular de animais em busca destes padrões mais complexos. Por isso, podem analisar leopardos e zebras.
Fonte: O Globo Online
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