O Cerradomys goytaca (ou ratinho-goytacá) ganhou este nome por estar restrito à região litorânea do norte fluminense, antiga região dos índios Goytacazes.
Estudos morfológicos e genéticos feitos pelos pesquisadores William Correa Tavares, Leila Maria Pessôa e Pablo Rodrigues Gonçalves, da UFRJ, mostraram que as espécies mais aparentadas ao ratinho-goitacá estão no cerrado (por isso, "Cerradomys" = rato do Cerrado).
A descoberta contraria o entendimento de que toda a fauna das restingas teria fortes conexões com a fauna da Mata Atlântica, tese apresentada pelos pesquisadores em artigo publicado na revista internacional "Journal of Mammalogy".
O ratinho-goytacá habita preferencialmente as moitas de Clusia, a árvore mais comum na parte mais aberta da restinga, ao contrário de outros mamíferos de pequeno porte que preferem as matas mais úmidas.
Durante o dia ele permanece em seu ninho, em meio às bromélias, ou nos galhos da Clusia. À noite ele sai para colher coquinhos do guriri ou juruba, famosa palmeirinha que deu nome ao Parque.
Fonte: O Globo Online
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