Uma equipe de cientistas franceses descobriu no Brasil e Uruguai alguns
fósseis de embriões de répteis com aproximadamente 280 milhões de anos,
informou nesta terça-feira (3) o Centro Nacional francês de Pesquisas
Científicas (CNRS).
Os embriões destes répteis pré-históricos e aquáticos, denominados
mesosauros, são 60 milhões de anos mais velhos que os que haviam sido
registrados até agora.
Além disso, o estudo, publicado na revista científica "Historical
Biology", apresenta novas informações sobre o modo de reprodução dos
mesosauros, embora não chega a esclarecer se os mesmos eram vivíparos
(quando embrião se desenvolve dentro da fêmea) ou ovíparos (se
desenvolvem em um ovo).
Os paleontólogos do CNRS, do Museu de História Natural da França e da
Universidade Pierre e Marie Curie de Paris estudaram as espécimes em
gestação e demonstraram que os mesosauros que povoavam este território
(o município de Iratí, no Paraná) armazenavam os embriões no útero
durante a maior parte do desenvolvimento embrionário e, por isso, acham
que podem se tratar de exemplares vivíparos.
Em Mangrullo, no nordeste do Uruguai, e também na bacia do Paraná, a
mesma equipe de cientistas encontrou 26 espécimes de mesosauros adultos,
todos associados a embriões e seres que datam da mesma época que os
fósseis encontrados no Brasil.
O achado "é difícil de ser catalogado, mas provavelmente se trata, na
maior parte dos casos, de embriões no útero, o que reforça a tese de que
os mesosauros eram vivíparos", explicaram os cientistas do CNRS.
Os especialistas, no entanto, também encontraram um ovo isolado que
coloca em dúvida a opção do viviparismo e indica que os mesosauros do
Uruguai botavam ovos em um estado avançado de desenvolvimento. Por conta
desta descoberta, a tese da oviparidade não foi descartada.
Fonte: UOL
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