Barata que brilha no escuro imita besouro como forma de
camuflagem contra predadores (Foto: Peter
Vršanský/"Naturwissenschaften"/Divulgação)
Espécie rara gera luz em áreas da cabeça como forma de defesa natural. Bioluminescência serve para imitar besouro que produz toxina, diz estudo.
Uma espécie rara de barata que brilha no escuro foi descoberta na
América do Sul por cientistas europeus. Eles estudavam a
bioluminescência, capacidade dos animais de produzir luz, quando
identificaram o animal.
A barata Lucihormetica luckae foi encontrada na encosta de um
vulcão no Equador, segundo a pesquisa, publicada na revista científica
"Naturwissenschaften" (Ciências Naturais, na tradução do alemão).
O animal bioluminescente gera luz em três áreas de sua cabeça: em dois pontos maiores, que dão a aparência de serem olhos, e um ponto bem pequeno no lado direito da cabeça.
O animal bioluminescente gera luz em três áreas de sua cabeça: em dois pontos maiores, que dão a aparência de serem olhos, e um ponto bem pequeno no lado direito da cabeça.
A luz gerada pela barata segue o mesmo padrão de um inseto encontrado no
Brasil, o besouro-clicador (também chamado de barata-de-estalo ou
elaterídeo), de acordo com o cientista Peter Vršanský, da Academia de
Ciências da Eslováquia, um dos responsáveis pela pesquisa.
Como a Lucihormetica luckae não tem veneno, a conclusão a que
os cientistas chegaram é que o animal imita o besouro, que também é
bioluminescente e possui toxinas. A imitação ocorre como forma de defesa
natural. Esta é a primeira espécie em que a bioluminescência é usada
com finalidade de defesa, avalia Vršanský no estudo.
O estudo aponta ainda que a luminescência das baratas descobertas está
ligada à presença de bactérias específicas nos pontos da cabeça de onde a
luz é emitida.
Fonte: G1
Fonte: G1
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