sábado, 25 de agosto de 2012

O Caronista da Segunda Guerra Mundial



Um mecânico de aviões americano passa por uma incrível experiência sobrenatural na Inglaterra. Leia a sua estranha história:


"Em uma etapa de minha vida, eu me mudei dos Estados Unidos para a Inglaterra para trabalhar como mecânico de aviões, isso no ano de 1992.

Sempre me disseram que a Inglaterra é o país mais mal-assombrado do planeta, então não se surpreenda se você ver alguma coisa estranha se viajar para lá.


Me contaram todas as histórias locais e ouvi atentamente, algumas eram bem improváveis e algumas foram bastante interessantes. 


Eu tive que alugar uma casa fora da base de aviação que eu trabalhava, porque não havia casas para empregados dentro da área da base. O local mais próximo que pude encontrar foi no povoado de March.

Esta vila fica cerca de 35 quilômetros ao norte da base e está na outra extremidade dos pântanos. Os charcos são pântanos drenados que são usados pelos agricultores ingleses para plantar beterraba e batata.


A terra é plana e vazia em todas as direções, mas tem partes de sebes e de floresta para proteger a terra de erosões provocadas pelo vento.

Esta área está sempre coberta por um nevoeiro pesado durante a noite e não é um lugar bom para um carro quebrar, pois além do nevoeiro, o qual deixa o local com um ar macabro, também ali é bem isolado, quase não havendo ninguém por perto. Eu sempre dei um suspiro de alívio após passar pelos charcos.

Durante o meu retorno à noite, eu dei carona para os moradores dos charcos que eu encontrava pelo caminho, porque há uma tradição na vila (dito a mim pelo meu vizinho inglês) que esta é a única maneira de muitos fazendeiros que retornam do trabalho em seus campos de chegar em casa, e também para alguns trabalhadores de fábricas de ir para o trabalho (algo que eu nunca iria fazer nos EUA). Eu fiz bons amigos na Inglaterra fazendo este pequeno favor e eles ainda me escrevem até hoje.


Em uma certa noite eu estava voltando do trabalho por volta das 02:00hs da madrugada, e quando eu estava a meio caminho de casa passando através dos pântanos, a neblina estava mais pesada que o normal e eu dirigia com a visão reduzida da estrada, sendo que o campo visual deveria ser de mais ou menos uns 300 metros, e além dessa distância não era possível ver mais nada.

Eu tinha acabado de sair de uma parte do nevoeiro, quando notei um homem parado à beira da estrada.

Ele estava vestido com um macacão cinza-azulado e parecia estar usando um capacete de soldador. Sob o seu braço parecia haver um lençol rasgado branco-acinzentado que ele vinha arrastando atrás de si.


Eu dirigi devagar mas ele não deu indicações de que eu estava lá, sendo que ele olhava para mim como se estivesse perdido.



Eu estava pensando comigo mesmo, que isso era estranho, era tarde da noite, e se eu deveria parar e pegá-lo.



Eu, pelo menos, não gostaria de ser pego de surpresa no pântano durante a noite, e seria ótimo ter alguém para me dar uma carona, se fosse o caso.



Então eu parei e esperei. Eu vi ele começar a se aproximar do carro pela janela traseira esquerda (eu tinha um carro britânico na época, um Austin Mini).



Estendi a mão para destravar a porta do passageiro para deixá-lo entrar. De repente os faróis ficaram fracos e o carro morreu.



Examinei o veículo procurando algo que poderia estar errado. De repente, do nada, os faróis se acenderam novamente e o carro voltou a funcionar normalmente.



Então olhei para trás para ver se o homem estaria mais perto do carro, mas ele havia desaparecido. Então eu disse a mim mesmo: "O que está acontecendo? Onde ele foi?". Por impulso então eu fiz uma idiotice: tirei uma lanterna do porta-luvas e sai do carro.



Olhei em volta pensando que ele poderia ter caído em uma vala e precisava de ajuda. Eu procurei por cerca de 2 minutos e não consegui encontrar ninguém.



Imediatamente meus cabelos na parte de trás do meu pescoço começaram a subir e eu fiquei em estado de choque de tanto medo.



Voltei para o carro pensando que eu precisava sair daquele lugar imediatamente. Então dei partida e segui rapidamente para casa, mas assustado com tudo aquilo.


Alguns dias se passaram e eu não contei a ninguém da minha experiência, talvez com receio de que ninguém acreditasse em meu relato.



Passados alguns dias, eu estava novamente voltando do trabalho, e chegando aos pântanos, naquele mesmo trecho da estrada, a polícia havia montado um bloqueio. Eu saí do carro para ver o que estava acontecendo.


Então um policial me disse que um fazendeiro encontrou um velho bombardeiro alemão da Segunda Guerra Mundial (Heinkel 111), com a tripulação ainda a bordo.



Aproximei-me do local onde os destroços foram encontrados, notei que os membros da tripulação do bombardeiro (ou o que restava deles) estavam vestindo um macacão cinza-azulado e usando um capacete de vôo de couro que parecia com os de soldadores, do mesmo tipo do homem que eu vi na estrada na outra noite.


Também um dos membros da tripulação possuía um paraquedas rasgado e desfiado perto dele e que já estava branco-acinzentado, uma ponta estava presa e esticada atrás dele, igual aquele que o homem carregava na estrada.



Após ver tudo aquilo, eu raciocinei e percebi que aquilo que eu havia visto na outra noite, talvez fosse um dos tripulantes do avião acidentado, mesmo estando no além, estava tentando voltar para casa.



Por isso cuidado com os caronistas que você talvez encontre um dia pelo caminho. Nunca se sabe "o que poderá" estar em seu caminho".



2 comentários:

walner disse...

Desculpe Carlos,

Uma estórinha interessante, mas com um detalhe "esquisito". Como o paraquedas pode estar aberto e todo rasgado se o cara caiu junto com o avião? Contada numa fogueira num acampamento pode ser que alguém fique impressionado e não consiga dormir.

Abraço.

concreto-armado-e-perigoso.blogspot.com.br disse...

"Uma ponta estava presa e esticada atrás dele..." talvez estivesse tentando saltar e o paraquedas enroscou na fuselagem... ler faz bem...

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